A aberração do sistema de pontuação na F1

Lewis Hamilton saiu do GP dos EUA com 24 pontos de avanço sobre Nico Rosberg. Faltam duas provas para o final do Mundial, mas nada está decidido , tanto mais que mesmo que o inglês ganhe no Brasil e o seu companheiro de equipa desista, a vantagem não ultrapassa os 49 pontos e a prova de Abu Dhabi vale 50…
Como hipótese mais radical, se o britânico desistir no Médio Oriente e Nico Rosberg vencer será ele o campeão do mundo, apesar do maior número de vitórias de Lewis Hamilton. É uma situação mais ou menos aberrante, para não dizer anti-desportiva, mas o senhor Bernie Ecclestone inventou este sistema de pontuações para capitalizar a importância da prova do Médio Oriente.
Quem defende Nico Rosberg pode argumentar que não é a primeira vez que o campeão do mundo não é quem ganha mais corridas, mas o mais regular. Faz parte das regras do jogo. Foi assim em 1982 no ano em que Keke, o pai de Nico, foi campeão do mundo depois de vencer uma única prova ao longo do ano.
Mas mesmo nessa altura não havia corridas que valessem o dobro das outras, algo que hoje só pode ser justificado pelo dinheiro pago à empresa de Ecclestone pelos senhores de Abu Dabhi , para garantirem (sem sombra de dúvida) que a derradeira corrida da temporada era a decisiva.
Hoje tudo é diferente e se ficou mais ou menos claro que Nico Rosberg até pode ser mais rápido do que Lewis Hamilton numa única volta, não há dúvida de que em corrida o inglês é o mais forte, mesmo que isso não seja suficiente para ser campeão. Tudo isto porque a F1 se rege por valores que vão muito além da verdade desportiva.
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