F1: Testes de Mugello vão começar

 

A F1 faz um compasso de espera antes do regresso da competição. De 1 a 3 de Maio, os testes de Mugello vão permitir às equipas validar as soluções que têm vindo a testar no segredo das suas sedes. Esta sessão de trabalho é muito importante, não só por ser a única que os regulamentos permitem, mas também por ser uma oportunidade única para todos tentarem perceber melhor o comportamento dos pneus que a Pirelli disponibilizou este ano.

A marca italiana deslocou para a pista italiana os quatro compostos que tem disponíveis – supermacios, macios, médios e duros –, para além dos pneus intermédios e de chuva, caso as condições atmosféricas exijam a sua utilização.

Apesar de terem todas as opções disponíveis, as equipas estão limitadas nas suas opções pelos regulamentos que estipulam um número máximo de 100 jogos de pneus por temporada, para cada carro, e aqueles que forem utilizados em Mugello também contam para este cálculo.

A pista localizada perto de Florença tem 5,245 quilómetros de perímetro, 15 curvas e uma longa recta onde é possível atingir velocidades da ordem dos 335 km/h. A primeira parte desta pista onde nunca se disputou um Grande Prémio tem muitas curvas, subidas e descidas e na zona final – que é mais rápida – há curvas de alta velocidade, onde será possível testar o desempenho dos pneus.

Já toda a gente percebeu que, este ano, o comportamento dos pneus varia muito de carro para carro, de pista para pista e de acordo com a temperatura ambiente, pelo que cada tipo de composto tem vantagens e inconvenientes em carros diferentes.

Perceber melhor o desempenho de cada mistura é um dos grandes objectivos das equipas. A Pirelli afirma que os supermacios aquecem mais facilmente e têm o seu melhor desempenho a temperaturas de 95º C, enquanto os macios estão mais vocacionados para a performance e atingem o rendimento máximo aos 105º C, os médios operam a 115º C e os duros a 125º C, com menos aderência máxima, mas mais consistência no rendimento.

A Pirelli não esconde que estes valores são meras referências e que, em alguns casos, o seu intervalo pode ser mais largo, o que equivale a dizer que o melhor nível de desempenho pode variar muito, justificando-se, assim, as diferenças que têm surgido entre as equipas e de circuito para circuito.

“Os testes de Mugello serão uma excelente oportunidade para todos perceberem melhor como os pneus funcionam e estou convencido que as equipas vão aproveitar para recolher informações para evoluir os seus carros”, admitiu Paul Hembery, o responsável da Pirelli Motorsport, que acrescentou que “ao mesmo tempo que há uma luta na pista entre os pilotos, também há uma competição entre os engenheiros, que é um dos aspectos mais fascinantes da F1”.

Resta agora esperar para ver como vão decorrer os trabalhos na pista italiana…

F1: Guerra dos pneus

As críticas de Michael Schumacher aos pneus que a Pirelli desenvolveu para este ano continuam na ordem do dia. Ninguém duvida que o alemão foi o “porta voz” daquilo que muitos pensam:  as “janelas” de utilização dos pneus são muito curtas e não agradam à maioria, dando demasiado protagonismo aos pneus e tornando cada corrida numa lotaria.

No entanto, foi a FIA e a FOM de Bernie Ecclestone que decidiram que esta era a forma de valorizar a estratégia de corrida e aumentar a incerteza quanto ao vencedor, o que tem acontecido ao longo do inicio da temporada onde nenhum piloto logrou bisar o sucesso.

É mais um daqueles casos de “manda quem pode e obedece quem deve” e as equipas acabaram por vir a público contrariar a posição de Michael Schumacher.

“Não diria que as corridas estão a ser uma lotaria, mas a estratégia tornou-se muito mais importante, da mesma forma que saber reagir e adaptar essa estratégia a cada momento passou a ser a chave do sucesso”, admitiu Mark Gillan, engenheiro da Williams.

Diego Ioverno, responsável de operações na Ferrari, considera que “este ano o mais difícil é definir o momento para a primeira troca de pneus, porque o pelotão está muito compacto e é quase impossível um piloto voltar e ter pista livre à sua frente”, para além disso, não esconde que “está a ser muito mais complicado perceber o comportamento dos pneus, pelo que tudo pode acontecer”.

Estas diferenças são mais do que evidentes. “No Bahrain os pneus estavam a funcionar bem para nós e para a Red Bull, mas é difícil de explicar que essa vantagem tenha chegado a um segundo por volta”, recordou Alan Permance, responsável de operações na Lotus.

As mudanças de pista e das temperatura alteram radicalmente as regras do jogo e, se alguns carros melhoram com os pneus macios, outros são muito mais competitivos com os duros. Deixou de haver padrões. Tudo se altera e tudo tem que ser adaptado a cada circunstância.

“Penso que esta situação pode ser boa para o campeonato. Já tivemos quatro vencedores diferentes em quatro corridas e as corridas foram emocionantes”, considerou Nico Rosberg, como que a pôr água na fervura após as considerações do seu companheiro de equipa, Michael Schumacher.

WRC: Loeb confirma vitória na Argentina

Sébastien Loeb (Citroën DS3 WRC) garantiu na Argentina a sua 70ª vitória no Campeonato do Mundo de Ralis. Depois do violento despiste de Petter Solberg (Ford Fiesta WRC), a Citroën ficou com o caminho aberto para a vitória. Mikko Hirvonen parecia estar em posição para discutir o triunfo do francês, mas Yves Matton, o director desportivo da equipa, não quis correr riscos e deu ordens para os seus pilotos manterem as posições.

Deste modo, a questão da vitória deixou de estar em questão no último dia de prova. Dani Sordo, que surgiu no lugar de Latvala ao volante do Fiesta WRC, mostrou que não estava em condições de incomodar os Citroën e acabou mesmo por abandonar a prova com a meta à vista, deixando o terceiro lugar para Mads Ostberg (Ford Fiesta WRC), o vencedor do Rali de Portugal.

Armindo Araújo (Mini) também não foi feliz, tendo sido obrigado a desistir

DTM: Paffett deu a vitória à Mercedes

Gary Paffett e Jamie Green garantiram a “dobradinha” da Mercedes em Hockenheim, na primeira prova da temporada do DTM. Sexto na grelha de partida, Paffett realizou uma corrida de trás para a frente e, na primeira das duas paragens nas boxes para trocar de pneus, saiu das boxes lado a lado com o seu companheiro Jamie Green, conseguindo assumir a liderança.

Mattias Ekstrom foi o melhor piloto da Audi e garantiu o terceiro lugar, numa prova onde Filipe Albuquerque terminou na 10ª posição.

“Infelizmente uma roda ficou presa e a equipa perdeu muito tempo a resolver o problema. Quando entrei em pista estava na 10ª posição. Ainda tentei procurar ultrapassar o adversário à minha frente, mas iria correr demasiados riscos e optei por manter aquele lugar”, explicou o piloto português.

Apesar da vitória da Mercedes, Filipe Albuquerque considera que “o Audi A5 DTM estava com um andamento muito bom e penso que fiz uma boa corrida. O 10º lugar não é um resultado assim tão mau, mas depois do que fiz em pista, acho que merecia mais. Mas este tipo de coisas acontecem e agora o mais importante é focarmo-nos na próxima prova”.

A próxima corrida acontece dentro de uma semana no traçado de Lausitzring: “Acho que vamos voltar a estar competitivos e que vai ser um fim-de-semana ainda mais disputado”, acrescentou Filipe Albuquerque.

Depois de terem estado em destaque nos treinos, os novos BMW M3 DTM tiveram vários problemas ao longo da corrida, pelo que o sexto lugar de Andy Priaulx acabou por ser um bom resultado para uma equipa que há décadas não competia no campeonato alemão de carros de turismo.

Filipe Albuquerque

Pedro Lamy prepara 24 Horas de Nurburgring

Este fim-de-semana, Pedro Lamy deslocou-se  com a BMW Motorsport à Alemanha para a realização do derradeiro teste da equipa antes das tão esperadas 24 Horas de Nurburgring. Aproveitando mais uma etapa do Campeonato de Resistência VLN, a BMW inscreveu Pedro Lamy nos dois BMW Z4 da Vita4One, de forma a aproveitar ao máximo a experiência do piloto português em Nurburgring – Nordschleife e recolher importantes dados para a mítica prova de resistência alemã, que se realiza no mesmo traçado.

“Com a aproximação das 24 Horas de Nurburgring (19 e 20 de Maio) era importante testarmos as evoluções até aqui efectuadas e tentar tornar o carro ainda mais competitivo. Nesta prova, conseguimos melhorar significativamente em relação ao último teste que realizámos em Nurburgring. O carro está bom, temos vindo a resolver os pequenos problemas que têm aparecido e julgo que neste momento temos um carro competitivo e fiável, o que é imprescindível para uma prova com 24 horas de duração”, referiu Pedro Lamy, que detém o recorde de vitórias (cinco) nas 24 Horas de Nurburgring.

 A Vita4One terminou esta corrida de 4 horas de duração nos 21º e 24º postos, posições que não reflectem em nada a competitividade dos seus BMW Z4. Alguns incidentes de corrida impediram uma melhor classificação da equipa, mas em nada afectou o trabalho planeado para este derradeiro teste para as 24 Horas de Nurburgring. “Não tínhamos como objectivo a classificação final, mas sim testar diversas soluções para tornar o carro ainda mais competitivo. O mais importante foi termos conseguido cumprir o nosso plano de trabalho”, concluiu o piloto português.

A vitória acabou por sorrir à B Manthey Racing (Porsche 911 GT3), seguido da Audi Sport Team Phoenix (Audi R8 LMS) e da BMW Team Schubert (BMW Z4), na segunda e terceira posições, respectivamente.      

 

WRC: Loeb “nomeado” vencedor do Rali da Argentina

Estamos a meio do penúltimo dia do Rali da Argentina – numa altura em que Armindo Araújo (Mini) mantém o nono lugar da geral – e, em condições normais, Sébastien Loeb será o vencedor. A Citroën decidiu, está decidido…

Este segundo dia no Rali tem sido movimentado: a Citroën partiu à frente, mas Sébastien Loeb apenas tinha um décimo de segundo de vantagem sobre Mikko Hirvonen. O francês foi o mais rápido no primeiro troço e o finlandês ganhou os dois seguintes, mas a vantagem do campeão do mundo aumentou para 2,1 segundos. Esta guerra aberta só poderia acabar mal e, depois de ter praticamente garantidos os dois primeiros lugares da geral, a Citroën não podia ficar de braços cruzados a assistir ao duelo entre os seus dois pilotos.

Yves Matton, o responsável pela equipa francesa, optou por acabar com as dúvidas e decidiu que os seus pilotos deveriam manter as posições. Por isso, a meio da segunda etapa, Sébastien Loeb foi “nomeado” vencedor. Salvo qualquer problema, poderá festejar a sua 70ª vitória no Campeonato do Mundo de Ralis em Villa Carlos Paz.

Dani Sordo (Ford Fiesta WRC) não logrou acompanhar o ritmo dos Citroën DS3 WRC e o seu atraso foi aumentando, embora nunca tivesse sido verdadeiramente ameaçado por Mads Ostberg (Ford Fiesta WRC).

“Fiquei surpreendido no início da etapa quando ganhámos tanta vantagem relativamente ao Dani Sordo”, reconheceu Yves Mantton. “Considerei que não fazia sentido arriscar perder pontos importantes no campeonato e falei com os pilotos. Pedi-lhes para manterem a sua posição, controlando o andamento do Dani”.

Para o responsável da Citroën “foi uma decisão difícil, sobretudo porque surge após o Rali de Portugal, onde o Mikko foi desclassificado. Mas essa é uma questão do foro humano e os pilotos sabem que o nosso grande objectivo é a conquista do campeonato de construtores e que não seria aceitável que qualquer coisa pudesse impedir-nos de garantir os dois primeiros lugares da geral.”

Com esta decisão, Mikko Hirvonen volta a ser derrotado pela sua equipa. Foi sacrificado pelos “interesses superiores” da Citroën, que também esteve na origem da sua desclassificação no Rali de Portugal, devido a um erro do tipo “esperteza saloia”.

DTM: Ekstrom oferece “pole” à Audi

 

Mattias Ekstrom (Audi) garantiu a pole-position para a primeira corrida do campeonato DTM – que se disputa em Hockenheim -, com uma “volta-canhão” (1m 34,680s). Garantiu a vigésima “pole” da sua carreira no DTM e bateu Jamie Green (Mercedes), que ficou pelos 1m 34,895s, depois de ter bloqueado os travões na volta onde tentou reeditar o melhor tempo que havia obtido na “Q3”.

Dirk Werner mostrou que a BMW fez um excelente trabalho de casa na preparação para o regresso ao DTM e garantiu o terceiro tempo da grelha de partida na estreia do M3, batendo o Audi de Eduardo Mortara, o piloto da equipa Rosberg-Audi, onde também milita Filipe Albuquerque, que foi mais modesto do que nos treinos livres, quedando-se pelo 14º tempo, que o deixa na 7ª linha da grelha de partida.

Com quatro Audi, três Mercedes e outros tantos BMW no top-ten para a prova de Hockenheim, espera-se uma corrida empolgante, onde será importante ver até que ponto os Mercedes foram capazes de anular a vantagem que a Audi exerceu ao longo de 2011 e até onde podem chegar os BMW recém-chegados ao campeonato.

DTM: Albuquerque em 5º nos treinos em Hockenheim

 

Filipe Albuquerque garantiu o quinto tempo na primeira sessão de treinos livres para a primeira corrida da temporada do DTM, que se disputa em Hockenheim. A Audi esteve em destaque e, para além do quinto posto do piloto português, surgem mais seis carros da marca de Ingolstadt no top-ten.

No entanto, a grande surpresa foi a marca de Bruno Spengler (1m 33,519s) com o BMW M3, que este ano se estreia na competição, 20 anos depois de ter abandonado o campeonato alemão de automóveis de turismo. Edoardo Mortara (Audi) ficou a meros sete milésimos de segundo, quando ninguém esperava por um desempenho deste tipo por parte da marca de Munique.

 

 Treinos livres – 1

 

Pos  Piloto              Team/Carro           Tempo        Difer.   
1.  Bruno Spengler      Schnitzer BMW      1m33.512s  
2.  Edoardo Mortara     Rosberg Audi        1m33.519s  + 0.007s  
3.  Mattias Ekström     Abt Audi               1m33.546s  + 0.034s  
4.  Mike Rockenfeller   Phoenix Audi         1m33.582s  + 0.070s  
5.  Filipe Albuquerque  Rosberg Audi        1m33.771s  + 0.259s  
6.  Jamie Green         HWA Mercedes       1m33.781s  + 0.269s  
7.  Timo Scheider       Abt Audi               1m33.811s  + 0.299s  
8.  Miguel Molina       Phoenix Audi         1m33.870s  + 0.358s  
9.  Christian Vietoris  HWA Mercedes      1m33.927s  + 0.415s 
10. Joey Hand           RMG BMW            1m33.928s  + 0.416s




WRC: Rali da Argentina – Solberg ofereceu liderança a Loeb

Sébastien Loeb (Citroën DS3 WRC) garantiu o comando do Rali da Argentina, destacando-se nesta primeira etapa, onde em apenas cinco troços foram disputados cerca de 200 quilómetros ao cronómetro. Armindo Araújo ocupa o nono lugar com o Mini.

Errar era proibido para quem ambicionasse a vitória e Petter Solberg (Ford Fiesta WRC) falhou na quarta classificativa, ao partir a direcção depois de ter batido numa pedra. O norueguês ainda prosseguiu, mas acabou por se despistar mais à frente, numa zona muito rápida, onde rodava de sexta a fundo.

Petter Solberg admitiu que, no meio do azar, teve muita sorte. “A pedra estava num buraco e não a vi. Bati com força e a direcção ficou afectada, mas não me apercebi. Continuei a andar para tentar perder o menos tempo possível e, cerca de 10 quilómetros mais à frente, numa zona muito rápida, o braço da direcção partiu-se e saímos da estrada”.

A equipa conseguiu reparar o tirante partido, mas a direcção também estava afectada, pelo que Petter Solberg ficou arredado da luta pela vitória. “É desapontante demais este acidente”, referiu Malcolm Wilson, o responsável da equipa Ford.

Com o norueguês fora de prova, a Citroën garantiu os dois primeiros lugares no final do primeiro dia. Sébastien Loeb tem um simples décimo de vantagem sobre o seu companheiro Mikko Hirvonen, mas muito dificilmente a equipa francesa vai permitir que os seus pilotos deitem tudo a perder com uma guerra fratricida.

Os pilotos dos Citroën DS3 vão controlar a prova de Dani Sordo – o espanhol que surge na Argentina em substituição de Jari-Matti Latvala, que está a recuperar da fractura de uma clavícula. Está a 33 segundos e não parece ser uma ameaça imediata para a Citroën, embora a prova seja dura e longa e muita coisa possa acontecer. Já o vencedor do Rali de Portugal, Mads Ostberg (Ford Fiesta WRC), surge no quarto lugar, com mais 45,3 segundos que Sordo.

“Começámos o dia com uma gestão inteligente e percebemos que poderíamos tirar partido disso”, admitiu Armindo Araújo no final da etapa. “Da parte da manhã tudo correu bem, mas, infelizmente, na ligação para a quarta especial, partiu-se a válvula solenóide do turbo e as coisas ficaram mais difíceis. Com cerca de noventa quilómetros pela frente antes da assistência, sabíamos que perderíamos muito tempo para os nossos adversários directos, mas não havia nada a fazer. Apesar do amargo de boca que sentimos por percebermos que poderíamos estar melhor posicionados, estamos actualmente na nona posição e há ainda muito rali pela frente, onde muita coisa pode acontecer. O nosso objectivo é pontuar e vamos continuar a lutar por isso”, acrescentou o piloto português.

WRC: Rali da Argentina – Citroën vs Ford

Quem diz que “o mundo está de pernas para o ar” também deve estar a pensar nos campeonatos do mundo. Tanto a F1 como o WRC têm sido pródigos em celeumas e surpresas, visto que na maioria das vezes acontece o contrário daquilo que à partida parecia óbvio. Em circunstâncias normais, o Rali da Argentina – que se disputa este fim-de-semana – seria marcado pela luta entre o Citroën DS3 WRC de Sébastien Loen e o Ford Fiesta WRC de Jari-Matti Latvala, mas o finlandês está fora de combate, deixando Petter Solberg como o principal adversário do campeão do mundo em título.

Os dois pilotos chegam à Argentina separados por meros quatro pontos, mas Loeb está confiante. “Depois da decepção no Rali de Portugal, estou decidido a voltar a vencer”, afirmou o francês que é imbatível no “Rali das Pampas” desde 2005, contando com seis vitórias consecutivas (a prova não se disputou em 2011).

Segundo as regras actuais, o caminho para a vitória começa com a decisão sobre o lugar à partida para a primeira etapa – um posto que o mais rápido da super-especial pode escolher.

“Será uma decisão difícil”, reconhece Sébastien Loeb. “Em Portugal optámos por sair na frente porque tínhamos uma etapa com apenas 35 quilómetros, mas na Argentina serão 200 quilómetros e, se chover, é muito importante estar à frente para evitar os trilhos na lama, enquanto que se o piso estiver seco, é fundamental não estar entre os 15 primeiros”. Por isso, a super-especial de sexta-feira promete ser um jogo estratégico.

O sueco Petter Solberg está sob pressão, já que a ausência de Jari-Matti Latvala –  que está em recuperação após uma fractura causada enquanto praticava ski – o obriga a dar luta aos Citroën.  “O Rali da Argentina não é um rali sprint, é uma maratona”, admitiu o sueco. “Não é fundamental começar logo ao ataque”, porque a prova tem cerca de 500 quilómetros de troços e, por isso, “a distância também é uma preocupação”, como reconheceu.

“Adoro este rali, mas acredito que será um pouco diferente este ano”, acrescentou Petter Solberg. “Teremos mais 120 quilómetros do que na última edição, o que acaba por alterar a forma como encaramos a prova, e é importante ter cuidado”, como admitiu o sueco, revelando também qual será sua estratégia: “Vou ter paciência e esperar para ver o que acontece, antes de atacar. É um rali muito difícil e os troços do último dia disputam-se em altitude e com condições que podem ser muito adversas, já que é provável encontrar nevoeiro e até gelo”. Por outro lado, e tal como todos os actuais e antigos pilotos do Mundial de Ralis, o sueco destacou igualmente “a grande atmosfera desta prova, onde há uma multidão de espectadores e um entusiasmo incrível”.

Resta saber se Petter Solberg tem arcaboiço para quebrar a invencibilidade de  Sébastien Loeb na Argentina e impedir que o piloto chegue às 70 vitórias no campeonato, mas também para ajudar a perceber qual é o papel dos “artistas secundários” das duas equipas.

Mikko Hirvonen, o companheiro do francês na Citroën, procura afirmar-se na equipa, enquanto que Dani Sordo, na Ford, é uma simples alternativa a Latvala, apesar de ter um excelente currículo na Argentina.


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