F1: Descoberto o segredo dos motores Mercedes

A superioridade dos motores V6 Turbo da Mercedes é mais do que evidente e o seu segredo não poderia manter-se por muito tempo. Tudo começa com a montagem do turbo, que os alemães separaram da turbina. Geralmente os dois dispositivos estão integrados porque o compressor é accionado pela turbina, cuja velocidade pode atingir as 125.000 rpm, e um veio curto permite evitar vibrações e o risco de rutura.
Tal como acontece com os motores da Ferrari e da Renault, o turbo da Mercedes também surge numa posição recuada para reduzir a temperatura, mas os alemães colocaram a turbina na outra extremidade, utilizando um veio de ligação longo que surge no meio do “V” formado pelos cilindros do motor, onde também está colocado o motor eléctrico, que é alimentado pelos gases de escape (MGU-H).
Tudo indica que é esta arquitectura, tão complexa como original, que faz a diferença do V6 Mercedes, permitindo ao compressor fornecer ar mais fresco (porque está mais afastado da turbina incandescente) ao motor, garantindo uma combustão mais eficaz, ao mesmo tempo que não exige sistemas de refrigeração muito volumosos, o que paga dividendos em termos de eficácia aerodinâmica.
Isso também acontece porque os colectores de escape podem ser mais compactos, permitindo que os gases percorram um caminho mais curto para chegar à turbina. O sistema ocupa menos espaço a carroçaria pode ser mais fluida., logo mais aerodinâmica.
Descobrir o segredo da Mercedes pode ter sido o mais fácil. A grande dificuldade será encontrar uma solução para fazer melhor, porque, de acordo com os regulamentos, qualquer desenvolvimento dos motores está congelado e as únicas alterações permitidas passam pela melhoria da fiabilidade.
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