Ferrari em 2014 tem dois galos para um poleiro

Já entrámos em contagem decrescente para o início do Campeonato do Mundo de Formula 1 e um dos temas quentes, numa altura em que ainda não é perceptível qual a equipa que parte em vantagem técnica, é a presença de Fernando Alonso e Kimi Raikkonen na Scuderia. Dois galos para o mesmo poleiro é uma situação explosiva…
Dois campeões do mundo na mesma equipa não pronuncia nada de bom e na Ferrari esta situação só teve paralelo em 1953, quando a equipa do Comendador contava com Alberto Ascari e Nino Farina, mas eram outros tempos e Enzo Ferarri era deus todo poderoso. Ascari acabou por ser campeão e não ficaram grandes conflitos para a história.
Mas tudo foi diferente em 1990. Nessa altura a Scuderia reuniu Alain Prost (que já vencera o Mundial) e Niguel Mansel (que ganhou mais tarde). A guerra foi tal que a equipa implodiu e arrastou o então director desportivo Cesare Fiorio. Foi a ultima vez que a Scuderia juntou dois pilotos do mesmo calibre.
A coexistência de Alonso e Raikkonen não pode ser pacífica. O espanhol é um dos mais rápidos do pelotão, mas também uma “prima donna”. O finlandês, não lhe fica atrás em rapidez é um diletante e tem o “nariz empinado”. É uma parelha que dificilmente poderá emparelhar.
“Kimi está mais maduro e tem passado por Maranello quase todas as semanas para trabalhar em conjunto com os técnicos e sabe qual é o desafio que tem pela frente ao estar ao lado de Alonso, com que deve integra-se”, afirmou Stefano Domenicali, o director desportivo da Ferrari, que considera que a equipa fez uma escolha racional.
“Reunir dois grandes pilotos é bom para a Ferrari e espero que ao longo do campeonato fique provado que foi uma boa escolha”, acrescentou. Resta saber como será possível gerir dos egos tão fortes… “Qualquer opção de corrida terá de ser muito bem ponderada e será tomada por aquilo que importa: o interesse da equipa, que se sobrepõe a tudo o resto. Foi assim que agimos no passado e será assim que iremos continuar a agir”.
Na teoria os objectivos de Stefano Domenicali fazem sentido. Na prática duvidamos que Fernando Alonso ceda a posição a Kimi Raikkonen e o inverso também é verdade. resta esperar para ver, porque o argumento promete desenvolvimentos interessantes.
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