WRC: Rali da Argentina – Citroën vs Ford

Quem diz que “o mundo está de pernas para o ar” também deve estar a pensar nos campeonatos do mundo. Tanto a F1 como o WRC têm sido pródigos em celeumas e surpresas, visto que na maioria das vezes acontece o contrário daquilo que à partida parecia óbvio. Em circunstâncias normais, o Rali da Argentina – que se disputa este fim-de-semana – seria marcado pela luta entre o Citroën DS3 WRC de Sébastien Loen e o Ford Fiesta WRC de Jari-Matti Latvala, mas o finlandês está fora de combate, deixando Petter Solberg como o principal adversário do campeão do mundo em título.

Os dois pilotos chegam à Argentina separados por meros quatro pontos, mas Loeb está confiante. “Depois da decepção no Rali de Portugal, estou decidido a voltar a vencer”, afirmou o francês que é imbatível no “Rali das Pampas” desde 2005, contando com seis vitórias consecutivas (a prova não se disputou em 2011).

Segundo as regras actuais, o caminho para a vitória começa com a decisão sobre o lugar à partida para a primeira etapa – um posto que o mais rápido da super-especial pode escolher.

“Será uma decisão difícil”, reconhece Sébastien Loeb. “Em Portugal optámos por sair na frente porque tínhamos uma etapa com apenas 35 quilómetros, mas na Argentina serão 200 quilómetros e, se chover, é muito importante estar à frente para evitar os trilhos na lama, enquanto que se o piso estiver seco, é fundamental não estar entre os 15 primeiros”. Por isso, a super-especial de sexta-feira promete ser um jogo estratégico.

O sueco Petter Solberg está sob pressão, já que a ausência de Jari-Matti Latvala –  que está em recuperação após uma fractura causada enquanto praticava ski – o obriga a dar luta aos Citroën.  “O Rali da Argentina não é um rali sprint, é uma maratona”, admitiu o sueco. “Não é fundamental começar logo ao ataque”, porque a prova tem cerca de 500 quilómetros de troços e, por isso, “a distância também é uma preocupação”, como reconheceu.

“Adoro este rali, mas acredito que será um pouco diferente este ano”, acrescentou Petter Solberg. “Teremos mais 120 quilómetros do que na última edição, o que acaba por alterar a forma como encaramos a prova, e é importante ter cuidado”, como admitiu o sueco, revelando também qual será sua estratégia: “Vou ter paciência e esperar para ver o que acontece, antes de atacar. É um rali muito difícil e os troços do último dia disputam-se em altitude e com condições que podem ser muito adversas, já que é provável encontrar nevoeiro e até gelo”. Por outro lado, e tal como todos os actuais e antigos pilotos do Mundial de Ralis, o sueco destacou igualmente “a grande atmosfera desta prova, onde há uma multidão de espectadores e um entusiasmo incrível”.

Resta saber se Petter Solberg tem arcaboiço para quebrar a invencibilidade de  Sébastien Loeb na Argentina e impedir que o piloto chegue às 70 vitórias no campeonato, mas também para ajudar a perceber qual é o papel dos “artistas secundários” das duas equipas.

Mikko Hirvonen, o companheiro do francês na Citroën, procura afirmar-se na equipa, enquanto que Dani Sordo, na Ford, é uma simples alternativa a Latvala, apesar de ter um excelente currículo na Argentina.


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