— ler mais..

Bruno de Carvalho anda eufórico com o belo começo de época do Sporting e aparece já a falar um pouco mais do que devia. Desde a infeliz seta que lançou a Pinto da Costa por causa da idade até à con..." /> — ler mais..

Bruno de Carvalho anda eufórico com o belo começo de época do Sporting e aparece já a falar um pouco mais do que devia. Desde a infeliz seta que lançou a Pinto da Costa por causa da idade até à con..." /> Falar de mais é sinal de amadorismo - Quinta do Careca - Record

Quinta do Careca

Voltar ao blog

Falar de mais é sinal de amadorismo

19 Outubro, 2013 894 visualizações

Bruno de Carvalho anda eufórico com o belo começo de época do Sporting e aparece já a falar um pouco mais do que devia. Desde a infeliz seta que lançou a Pinto da Costa por causa da idade até à confessada ambição pelo título que levou Leonardo Jardim a afirmar que a ele nunca o presidente veio com essa conversa. É uma roleta russa: se os leões ganharem no Dragão, Bruno será um génio, se perder terá de meter a viola no saco.

Rebocado pelos êxitos do FC Porto, o futebol português evoluiu muito em matéria de competência, a vários níveis, na última década. Mas na comunicação interna e no marketing relacionado com a imagem ainda existem tiques de amadorismo. Um dia, Godinho Lopes surgiu na redação para tentar resolver, e bem, uma questão delicada a que jamais me referirei, tendo aproveitado para me confrontar com um texto publicado dias antes. Procurei explicar-lhe que a opinião publicada não ganhava jogos, nem derrubava presidentes, e aconselhei-o a não sobrevalorizar as críticas e a focar-se, sim, no que urgia então ao Sporting: a subida de rendimento da equipa.

O problema de alguns clubes é que se preocupam mais em controlar as entrevistas dos jogadores do que em falar a uma só voz. E em fazê-lo não por impulso ou como resposta a provocações, mas apenas quando o momento for favorável ao interesse das suas organizações. A gestão dos silêncios não deve ser um capricho dos presidentes ou dos treinadores – eu digo sempre o que me apetece! – antes um ato de inteligência que colha benefícios. Deixar alguém a falar sozinho pode ser a mais dura das réplicas.

Dou comigo a pensar neste tema, tão básico e tão óbvio, ao ver Jorge Jesus prosseguir na defesa da sua conduta no caso do adepto detido em Guimarães, mantendo assim a grande “cena” na ribalta da informação e impedindo o seu estratégico arrefecimento. Terá Jesus indicações de que vai ser punido com severidade, o que seria uma nova anedota, ou estará simplesmente a dar um sinal de que não consegue pôr o Benfica a jogar mais e melhor? É que se não se trata de qualquer dessas situações, a insistência é um erro incompreensível.

Canto direto, publicado na edição de Record de 19 outubro 2013