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Com a sua “entrevista” à TVI, Bruno de Carvalho arranjou mais um processo, pois estando suspenso por 113 dias (!) não poderia falar à comunicação social… Não sendo sportinguista, não sei se me ria ..." /> — ler mais..

Com a sua “entrevista” à TVI, Bruno de Carvalho arranjou mais um processo, pois estando suspenso por 113 dias (!) não poderia falar à comunicação social… Não sendo sportinguista, não sei se me ria ..." /> Quinta do Careca - Record

Quinta do Careca

Bruno de Carvalho na TVI: um serão de amigos

1 Abril, 2017 0

Com a sua “entrevista” à TVI, Bruno de Carvalho arranjou mais um processo, pois estando suspenso por 113 dias (!) não poderia falar à comunicação social… Não sendo sportinguista, não sei se me ria ou se chore com esta “justiça” desportiva que não tem ponta por onde se pegue.

O presidente do Sporting não esteve, aliás, na TVI para as habituais polémicas, mas antes…

Texto integral em www.alexandrepais.pt

Sporting paga fatura do insucesso a dobrar

6 Fevereiro, 2017 0

Recuperar 7 pontos ou 10 ou 12 é possível? Tudo é possível enquanto matematicamente não se tornar impossível. O que não vale a pena é continuarmos a alimentar a ideia de uma disputa de campeonato a três, quando um deles provou que não tem, para já, condições para se opor com êxito aos rivais – e atirou até a toalha ao chão. Refiro-me, obviamente, ao Sporting e ao conformismo de Jorge Jesus, que ao salientar, no final do clássico, o recurso a meia-dúzia de jogadores da formação, logo acrescentou: “Claro que isso paga-se…”

O problema é que se paga duas vezes, por não se ter optado no início da época por essa estratégia – com os riscos inerentes – e se ter dispensado os jovens talentos para acolher reforços tão imprestáveis como Douglas ou Petrovic, André ou Castaignos, para não falar na estranha insistência num tal Bruno Paulista.

Seria natural, e bom para o Sporting, que Bruno de Carvalho aproveitasse o próximo mandato para assumir de vez a aposta na formação, ainda que para isso seja necessário colocar mais dois ou três anos de paciência em cima dos já perdidos. A obsessão por ser campeão, dê por onde der, é o caldo perfeito da desgraça eterna: pelo dinheiro que se esbanja e pelo título que nunca mais chega.

Canto direto, Record, 6FEV17

A 4 de março vão ser 10 a 0

30 Janeiro, 2017 0

Passei ontem junto ao Estádio José Alvalade e tive a agradável surpresa de ver derrubado o tapume que existia há anos nuns terrenos contíguos e de poder observar, enfim, a “obra de regime” de Bruno de Carvalho: o Pavilhão João Rocha, uma velha aspiração das modalidades sportinguistas.

Lembrei-me logo, claro, da polémica em torno de Fernando Medina, que teve de escolher entre deixar partes da capital a apodrecer e ser apontado pelo desleixo, ou encher meia Lisboa de estaleiros e ser desancado por isso. Mas é sempre melhor errar, fazendo, do que acertar por nada ter feito.

Podemos olhar do mesmo modo para o presidente do Sporting, um homem imperfeito e tantas vezes insuportável, que preferiu apresentar-se a eleições com obra, sendo que a inauguração do novo polidesportivo constituirá apenas o terceiro vértice do triângulo que marca o seu mandato, após a redução da dívida e o saneamento financeiro, e a contratação de Jorge Jesus.

E se a questão do dinheiro e do pavilhão são trunfos indiscutíveis, a do treinador é posta em causa a cada insucesso, como se no futebol se ganhasse com desejos, farroncas ou passes de magia e não houvesse que dar tempo ao tempo. E tempo é o que se tenta que presidente e treinador não tenham, por ser esse o caminho que mais convém aos adversários de ambos. Mas não alimentem ilusões: se os dados forem os que estão hoje sobre a mesa, a 4 de março vão ser dez a zero.

Canto direto, 30JAN17

Madeira Rodrigues não tem condições

24 Janeiro, 2017 0

Vi há dias num desses painéis dedicados ao futebol, que se espalham hoje por quase todos os canais da nossa TV, uma espécie de entrevista ao (até agora) único rival de Bruno de Carvalho nas eleições para presidente do Sporting. Creio que Madeira Rodrigues prestou um bom serviço ao seu clube e aos seus eventuais eleitores ao revelar de forma tão crua o que eu, digo-o sinceramente, ainda não tinha descoberto…

Texto integral em www.alexandrepais.pt

Bruno de Carvalho gosta de carne tenra

28 Dezembro, 2016 0

Começou bem: o primeiro candidato a prometer apresentar-se às eleições do Sporting, após a derrota frente ao Sp. Braga, em Alvalade, acompanhou a noite da notícia com uma mensagem pseudo-intimidatória para Bruno de Carvalho – “Não sou pessoa de desistir”. No dia seguinte, logo pela manhãzinha, não fosse o tempo decorrido comprometê-lo em excesso, alguém por ele anunciou a desistência.

É com esta carne tenra que se estraga em poucas horas…

Texto integral em www.alexandrepais.pt

Boas Festas no Carnaval e também na Páscoa

27 Dezembro, 2016 0

Foi arrancado a ferros, com uma vítima provável, o Belenenses, cliente habitual a pagar faturas de derrotas ao cair do pano. A verdade é que o Sporting, com o golo serôdio de Bas Dost – nascido da classe enorme de Campbell, essa é que é essa – pode bem ter iniciado o percurso da recuperação.

Interessa pouco o folclore que vai da cara para morrer do capitão Adrien ao receber as “boas festas” dos adeptos na Academia, até à volta ao redondel de Bruno de Carvalho, no Restelo, no final do jogo de quinta-feira. Isso dá para entreter e acalmar as massas, mas o mapa desta fase está nas mãos de Jorge Jesus: ou ele encontra o caminho para a mina ou podem ir a Alcochete também no Carnaval, na Páscoa e nos santos populares, que nada feito.

Em Portugal, figuras como as de Arsène Wenger ou do retirado Alex Ferguson são como extraterrestres. Pessoas respeitáveis, técnicos competentes, exímios condutores de homens, mitos do futebol? Que sejam, não queremos cá disso. Para nós, os treinadores são de consumo rápido, ora adulados como os melhores do Planeta, ora vaiados como bestas quadradas. De que é exemplo, aliás, o próprio Jorge Jesus no Benfica, louvado pelo que ganhou e criticado pelo que não conseguiu alcançar – e por vezes os “analistas” são os mesmos, com uns meses de intervalo até os idiotas mudarem de opinião.

Com estes dias de paragem, os leões recuperarão os níveis físicos e voltarão à luta. Não por causa do folclore, mas apenas porque têm um treinador.

Canto direto, Record, 26DEZ16

E Jorge Jesus acabará só

20 Dezembro, 2016 0

Era capaz de jurar que nunca mais veríamos Jorge Jesus cair de joelhos, como aconteceu no Dragão após a assistência de Liedson para o pontapé da vida de Kelvin, que tirou o campeonato ao Benfica. Enganei-me. Ontem, após a derrota frente ao Sp. Braga, o treinador surgiu na Sporting TV com o rosto desfigurado, marcado por uma angústia que nos remetia para o pesadelo que viveu naquela noite de sábado, 11 de maio de 2013.

Eliminados da Champions, afastados da Liga Europa, vencidos na Luz pelo velho rival, os leões atravessam uma fase de esgotamento físico e de quebra de confiança. Jogam, como diz o capitão Adrien, mais com o coração do que com a cabeça.

A fasquia alta colocada por Bruno de Carvalho em termos de objetivos para esta época – a seguir ao falhanço que foi a última – e a jactância verbal de Jesus colocam ambos numa situação difícil perante os adeptos que acreditaram no que lhes prometeram e veem hoje o líder a 8 pontos. Mas não ficarão empatados nessa responsabilidade. A política das acusações permanentes, que parece não estar a dar os resultados pretendidos, tantos têm sido os desaires neste dezembro, deixará, mal chegue a hora, o treinador no patíbulo. Sozinho, claro.

Nota final: aquele que é acusado de não aparecer em jogos importantes marcou mais três golos numa final – chegou aos 55 em 2016 – e tornou-se no primeiro futebolista da história a ganhar, no mesmo ano, o Europeu, a Liga dos Campeões, o Mundial de clubes e a Bola de Ouro. Tinha de chegar o dia, eis o ocaso de Cristiano Ronaldo.

Canto direto, Record, 19DEZ16

O elixir de Alvalade ou a descoberta da pólvora

29 Agosto, 2016 0

Reza a lenda que na China do século IX, ao procurar criar o elixir da imortalidade, um grupo de alquimistas descobriu a pólvora. Também o Sporting recorreu a um alquimista, Bruno de Carvalho, para inverter o rumo das desgraças que se sucediam em Alvalade e descobrir a pólvora. Podia é tê-lo tido mais cedo, logo nas eleições de 2011, quando Bruno tinha a batalha ganha até às 18 horas, para depois aparecer, sobre o fecho das urnas, a brigada do reumático, carregada de votos, a virar a coisa para o lado de Godinho Lopes, um azar dos diabos.

Conflitualidade permanente. O presidente leonino percebeu, desde a primeira hora, que a prioridade era recolocar o Sporting no mapa de que sucessivos erros desportivos e de gestão o tinham retirado. Daí as polémicas, os remoques, os contra-ataques, a estratégia da conflitualidade permanente. E a preocupação da comunicação. A saída de João Mário para o Inter foi “compensada”, no próprio dia, com o anúncio da maior transferência de sempre de um jogador português para o estrangeiro e a contratação de Pedro Delgado – valha ela o que valer. Antes do clássico de ontem, soube-se, quase em simultâneo, da partida de Slimani e do desembarque de Bas Dost.

Euforia controlada. São atos normais de uma gestão profissional? Sim, mas transmitem confiança aos adeptos e à estrutura, e geram um entusiasmo que se transmite aos jogadores, que retomaram o hábito de vencer e veem os companheiros, que se valorizaram, conquistar o direito a novas carreiras e melhores salários. Foi esse clima de euforia controlada que esteve na base da volta que os leões deram ao resultado. Dominados na parte inicial do encontro e em desvantagem no marcador, tiveram alma e talento para chegar à vitória.

Barato. Contratar Jesus foi o pozinho decisivo no êxito da poção do alquimista de Alvalade. Com a ida à Champions e as vendas de jogadores, já ninguém se lembra dos milhões do salário de um técnico que se pode até considerar barato. Caros são os que auferem menos e não metem dinheiro em casa.

Mestre. No jogo com o FC Porto, encontrámos três bons exemplos dos milagres de Jesus: Bruno César –  que exibição! –, João Pereira e Bruno Paulista. O primeiro errou pelo Mundo e exilou-se no Estoril, o segundo foi corrido do Valência – por Nuno Espírito Santo (!) – e esteve meio ano sem clube, e o brasileiro parecia perdido na equipa B. Pois aí estão eles, de regresso ao alto rendimento, simplesmente porque na sua vida lhes apareceu um mestre.

Contracrónica, Record, 29AGO16

O mostrengo que ameaça o Sporting

1 Fevereiro, 2016 0

Enquanto não vingarem os meios eletrónicos que defendam a verdade desportiva, incluindo a paragem do jogo – como no râguebi, para recurso ao vídeo-árbitro – o futebol continuará a ser uma modalidade em que os erros dos juízes vencem, pelas piores razões do protagonismo, a capacidade dos artistas. A mim, confesso, afetar-me-iam pouco esses erros se só houvesse intervenientes de boa fé, homens sensatos e justos que não olhassem a emblemas, que se enganassem para os dois lados e que jamais permitissem ser pressionados pelas circunstâncias.

Agora, no futebol português, vivemos um tempo novo. Convencidos de que a arbitragem é comandada por um “sistema” ao serviço dos seus rivais, os responsáveis do Sporting partiram para uma cruzada sem pausas, da qual julgam poder regressar vencedores. O problema é que as primeiras batalhas foram perdidas e Jorge Jesus e Nélson Pereira vão a caminho da bancada onde já se senta Bruno de Carvalho. Os jogadores, esses, têm de continuar a trabalhar a duplicar para suprirem os erros alheios e ganharem os jogos.

Mas a campanha anti-Vítor Pereira e companhia faz pior: irrita os apitadores suscetíveis e com personalidade de flor de estufa, aqueles que validam as irregularidades assinaladas pelos árbitros-assistentes mas que já não são definitivos e aceitam reclamações. E vão depois cochichar com os mesmos auxiliares, para eles deixarem de ver o que viram e darem uma indicação de sinal contrário que lhes lave a face. Ou seja, carregado de razão embora, o Sporting criou uma nova espécie de inimigo, um mostrengo que pode custar-lhe o título.

Canto direto, Record, 1FEV16