A espiral basca
O que saltou à vista no confronto entre FC Porto e Paços de Ferreira foi a falta de confiança da turma da Invicta, que os falhanços do excelente Aboubakar ilustraram de forma concludente. E se a coisa vai andando é porque os resultados têm dado uma ajuda. Se, em Aveiro, foi Casillas quem defendeu o penálti e garantiu os 3 pontos, no sábado, outro penálti, esse a favor dos portistas, permitiu alcançar a vitória, quando cá fora já ninguém acreditava que a bola entrasse. No marcador, um golo para cada um dos mexicanos de última hora, a dupla preciosa que, com Iker, Maxi e André André, vem salvando a cabeça de Lopetegui.
Pelo meio, é certo, houve um triunfo claro na Madeira, mas pelo meio também chega o complicadíssimo jogo com o Chelsea, não só porque os blues têm na Champions a tábua de salvação para uma época desastrosa, mas também porque o FC Porto corre sérios riscos de cair na Liga Europa, aumentando com isso a intranquilidade da equipa e a “depressão” do técnico, cuja instabilidade é patente sempre que aparece aos jornalistas – desde a cena macaca com Jesus que nunca mais houve sossego.
E já que me referi a Jesus, duas vitórias do Sporting por 1-0: sobre o Belenenses, por um penálti caído do céu, sobre o Marítimo, graças a um super Rui Patrício. Tudo porque Jorge Jesus é o máximo e tudo o que faz é perfeito. Se fosse com Lopetegui – e como ele sente essa diferença! – até os cães lhe mordiam. Gostava de me enganar, mas creio que o basco entrou numa espiral de remoques e insinuações sem sentido da qual não vai conseguir sair.
Canto direto, Record, 7DEZ15