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A Seleção quer dar cabo de nós, povo martirizado por crises, bandidos e aldrabões. Ontem, mais uma vez tivemos de sofrer muito, com um cartão amarelo aos 7 minutos, um vermelho aos 43 e a desvantag..." /> Seleção dá exemplo de empenho e união - Quinta do Careca - Record

Quinta do Careca

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Seleção dá exemplo de empenho e união

19 Setembro, 2013 612 visualizações

A Seleção quer dar cabo de nós, povo martirizado por crises, bandidos e aldrabões. Ontem, mais uma vez tivemos de sofrer muito, com um cartão amarelo aos 7 minutos, um vermelho aos 43 e a desvantagem no marcador, após um golo irregular, no início da segunda parte, filme mais visto que “O Pátio das Cantigas”. Tudo em Belfast e debaixo de chuva, só complicações.

Como se não bastasse a renovação geracional, que arrastou para a reforma nomes de excelência futebolística e nos trouxe gente prometedora mas imberbe, uma onda de lesões obrigou o seleccionador a abrir mais o leque das opções de recurso. Pretender que este grupo de jogadores funcione já como um bloco de grandes talentos é pura utopia. Faz-me, mesmo, lembrar o Sporting de Paulo Bento: não era a equipa ideal mas a possível, não tinha genialidade mas era solidária e trabalhava muito. E lá ia. E lá iremos.

Para agravar a situação, Cristiano Ronaldo alinhou ainda não totalmente recuperado, como revelou no fim da partida, Nani vinha também de lesão recente, tal como João Moutinho – de forma clara sem o ritmo competitivo que é a sua imagem de marca.

Foi, assim, um conjunto carregado de limitações, a atuar com 10 e a perder 2-1, aquele que teve de atirar a intranquilidade para trás das costas, acreditar nas palavras de estímulo e de fé na recuperação que ouviu de Paulo Bento ao intervalo – outra revelação do “capitão” –, utilizar a união, “na vitória e na derrota”, como Bruno Alves salientaria no final, e fazer da atitude a arma que destroçaria os irlandeses.

A partir da entrada de Nani, aos 55 minutos, e em especial após a Irlanda do Norte ter ficado igualmente a jogar com 10, o que nos abriu mais espaços, o rendimento da nossa equipa subiu. E subindo foi de mais para adversários altos, fortes e voluntariosos mas com menos futebol.

Isso poderia não ter sido suficiente, é verdade, se o empenho de Cristiano não fizesse das fraquezas forças e não assinasse, em 18 minutos (!) o seu primeiro “hat-trick” na Seleção. Simplesmente notável. O País teve mais um exemplo de que querer é poder. Cai em saco roto mas isso já é outra conversa.

Canto direto, crónica publicada na edição impressa de Record de 7 setembro 2013