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Resultados da Lusa “no vermelho” no 1.º trimestre pela primeira vez há anos 22 de Maio de 2013 às 12:32:57 , por Meios & Publicidade O administrador executivo da agência Lusa, Afonso Ca..." /> A agencia Lusa está de volta aos resultados negativos - Quinta do Careca - Record

Quinta do Careca

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A agencia Lusa está de volta aos resultados negativos

23 Maio, 2013 921 visualizações

Resultados da Lusa “no vermelho” no 1.º trimestre pela primeira vez há anos

22 de Maio de 2013 às 12:32:57

, por Meios & Publicidade

O administrador executivo da agência Lusa, Afonso Camões, afirmou que os resultados da empresa foram negativos no primeiro trimestre deste ano, uma situação que não se verificava há vários anos.

“Pela primeira vez em vários anos, fechámos o primeiro trimestre [de 2013] no vermelho (…) Se não introduzirmos uma novidade, agora já estamos no vermelho e para o ano estaremos pior”, disse Afonso Camões, que falava numa conferência organizada pela Comissão de Trabalhadores da agência Lusa com a participação de deputados dos partidos com assento parlamentar.

O gestor público sublinhou também que os pressupostos do contrato de programa assinado entre a Lusa e o Estado em Dezembro para vigorar a partir de Janeiro 2013 “estão ultrapassados, passados cinco meses”, uma vez que o documento previa o não pagamento de subsídios de férias e de Natal, medida que o Tribunal Constitucional chumbou.

Afonso Camões adiantou que a Lusa vai pagar estes subsídios aos seus trabalhadores, garantindo que há “condições de tesouraria” para o fazer.

Para o gestor público, é preciso procurar novas receitas e “empacotar de forma diferente aquilo que a Lusa já faz”, destacando que há já várias agências internacionais a operar em actividades que não são o seu ‘core business’.

O responsável afirmou que há agências noticiosas internacionais que, “com ‘hard news’, fazem empacotamentos diferentes para negócios diferentes”.

“Temos de falar nesse sentido: empacotar de forma diferente aquilo que fazemos hoje”, salvaguardando os princípios deontológicos da profissão, disse Afonso Camões.

O presidente do conselho de administração afirmou também que a Lusa tem uma parceria no Oriente há 25 anos, um modelo que pretende reproduzir noutros mercados.

“Temos uma parceria naquela zona e gostávamos de a replicar em Luanda e em São Paulo. Eventualmente abrir o capital da empresa nessas periferias. Temos estudos de viabilidade feitos e entregámos esse projecto ao primeiro Governo Sócrates. Os ministros têm dito que sim, mas passados quatro anos está tudo igual”, adiantou.

Afonso Camões voltou a referir a “precarização da rede” de correspondentes nacionais e internacionais da Lusa, afirmando que alguns deixaram de receber avenças para receberem à peça e que as ajudas de custo foram reduzidas.

“Estamos todos a ganhar menos. Alguns de nós estão a ganhar bastante menos do que no início dos planos de austeridade”, afirmou, referindo que o mercado dos media “está em queda desde 2008”.

“Sabemos que os nossos clientes estão a despedir e a perder receitas. Não há nenhum grupo que não tenha feito despedimentos, mas nós não fizemos. É verdade que perdemos 62 trabalhadores ou por pré-reforma ou por rescisão voluntária de contratos. A agência hoje está mais frágil, mas o país também está”, reiterou.

Na conferência, estiveram presentes os deputados Raul Almeida (CDS), Francisca Almeida (PSD), Inês Medeiros (PS), Cecília Honório (BE) e Carla Cruz (PCP). (Lusa)