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Quando ontem, após o intervalo no Restelo, vi a coragem de Julio Velásquez ao tirar Tonel – cujo autogolo, após a polémica “mão” de Alvalade, em novembro, pode ter injustamente acabado com a sua ca..." /> — ler mais..

Quando ontem, após o intervalo no Restelo, vi a coragem de Julio Velásquez ao tirar Tonel – cujo autogolo, após a polémica “mão” de Alvalade, em novembro, pode ter injustamente acabado com a sua ca..." /> Quinta do Careca - Record

Quinta do Careca

Muito mau, Zidane

29 Fevereiro, 2016 0

Quando ontem, após o intervalo no Restelo, vi a coragem de Julio Velásquez ao tirar Tonel – cujo autogolo, após a polémica “mão” de Alvalade, em novembro, pode ter injustamente acabado com a sua carreira no Belenenses – para meter Miguel Rosa, lembrei-me de Zidane e do Real Madrid.

Se os jogadores azuis atuam com o ritmo, e o nível de empenhamento e sacrifício, que lhes vimos na segunda metade da partida com o FC Porto, não o fazem só por serem bons profissionais mas também por acreditarem no treinador espanhol – e se sentirem motivados pelas suas ideias e pelos seus métodos de trabalho.

Enfrentar um adversário como o FC Porto com os dois centrais de segunda escolha e optar, ainda assim, por revolucionar a equipa – que perdia por 2-0 – e ficar somente com um, adaptando um médio, não é um ato temerário mas um risco assumido, uma demonstração de poder de decisão e de capacidade para mudar o rumo  dos acontecimentos. E o Belenenses mudou para (muito) melhor, não tendo chegado ao empate apenas porque do outro lado estava o FC Porto e estava Casillas.

Voltando a Zidane, e sabendo que tem com ele os jogadores, o que dói é a sua forma ultraconservadora de ler o jogo quando o Real Madrid não dá uma para caixa e se exige ao técnico o golpe de asa de que não parece capaz, pois limita-se à gestão corrente e a aguardar que as estrelas resolvam. Como elas estão de rastos, e enquanto Bale perde a época, Cristiano começou a partir a loiça e Zizou espera que o tirem do filme sem demasiada dor. Mas o culpado por mais este erro de casting depressa o trucidará.

Canto direto, Record, 29FEV16

A arte de dizer não é para todos

28 Fevereiro, 2016 0

Numa curta intervenção semanal na Hora Record da CMTV, confirmo o que já sabia: proferida a asneira, é sempre tarde para a corrigir. Ao contrário do que acontece com a palavra dita, na escrita funciona-se com rede, o computador, que nos evita os desaires. Basta ler, voltar atrás e recomeçar até dar certo, não há “engasganços”.

Para falarmos com fluidez e seguirmos uma linha de raciocínio que possa ser acompanhada por quem nos ouve, precisamos de ter um dom…

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O dia em que as estrelas se apagaram

“A justiça é como uma serpente, só morde os pés descalços” – Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio, 1940-2015

Rodrigo Guedes de Carvalho não deve ter gostado da decisão de Ricardo Costa, novo director-geral de informação da Impresa, de o retirar da direcção de informação da SIC. Quando soube da notícia, recuei até 2004 e recordei o dia em que cheguei ao Tribunal de Oeiras como arguido num processo que o agora simplesmente pivô me moveu, como responsável editorial pela escrita sibilina, mas bem humorada, de Clarinha e Gracinha de Sousa Botelho, nas páginas do Tal&Qual e do 24horas. Rodrigo havia sido um dos protagonistas da crise intestina da SIC, em 2001, que levou à queda de Emídio Rangel…

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O professor e a Bárbara

25 Fevereiro, 2016 0

Reina a indignação na urbe porque a juíza, que julga lá as misérias em que se meteram, tratou Bárbara Guimarães apenas pelo nome próprio e Manuel Maria Carrilho por senhor professor. Não acompanho essa cólera. O cidadão comum vê as figuras da TV, que lhe entram em casa, como pessoas suas conhecidas e como tal se lhes dirige. Já a subserviência aos professores doutores é…
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O problema dos centrais

22 Fevereiro, 2016 0

O modo como Fábio Espinho surgiu ontem nas costas de Chidozie e o ultrapassou, para fazer o 0-2 no Dragão, confirma o que se percebia, pese todo o potencial do jovem nigeriano: ainda não está pronto para ser titular da primeira equipa do FC Porto. Já a forma como Rafael Amorim, batido em velocidade, provocou, no Restelo, a falta que o levou à expulsão e deu, de livre direto, o segundo golo ao Arouca, prova o que todos desconfiavam: nunca estará em condições de integrar um onze da liga principal.

Como as equipas se constroem a partir da solidez das defesas, custa a entender o pouco cuidado dos grandes emblemas com o eixo do seu setor mais recuado. Refiro-me a Portugal, mas não esqueço o Real Madrid, que não dispõe de um quarto central ao nível de Pepe, Ramos e Varane, uma limitação que se verifica igualmente no rival Barcelona. Por cá, Vítor Baía manifestava na nossa última edição, e neste mesmo espaço, a sua estranheza pela debilidade do FC Porto em matéria de centrais, lembrando o desinteresse por Reyes, emprestado pelos portistas à Real Sociedad. O mexicano, de 23 anos, é titular da sua seleção, enquanto Marcano e o ora despachado Maicon não jogam em seleção alguma.

O Benfica vive drama semelhante. Luisão terminou a época, Lindelof precisa de tempo, Jardel reza para não lhe aparecerem “réplicas” de Aboubakar, Lisandro – que esteve para ser cedido… – recupera de lesão. Só Jorge Jesus não vai em conversas: tinha Oliveira, Naldo, Ewerton e Tobias, reclamou Semedo e pediu Coates. É verdade que nenhum deles é um grande central, mas servem bem todos. E melhor ainda: já são seis!

Canto direto, Record, 22FEV16

Ministros e secretários andam a falar de mais

António Costa é um político da classe “supella longipalpa”, a resistente barata doméstica, de origem africana, que só morre de fome depois de comer as próprias patas. Hábil e arguto, ele sabe que Passos Coelho perdeu as eleições que ganhou por ter falhado na comunicação – e ainda hoje não adotou o discurso adequado à sua atual condição – e desdobra-se nas televisões, nos jornais e até nas redes sociais, em entrevistas e esclarecimentos. Mesmo para o que pareça não haver, Costa arranja explicação…

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Televisão promove teatro no Clube Estefânia

19 Fevereiro, 2016 0

Quarenta e sete anos depois, quero voltar à histórica sala do Clube Estefânia, em Lisboa, pela qual passaram grandes nomes do teatro – Eunice Munoz estreou-se ali – e muitos grupos amadores conheceram noites de glória. No palco da velha associação recreativa, fundada em 1890, está em cena, de quinta a domingo e até 29 do corrente, a peça Um Ano Sem Ti, de João Ascenso.
Tomei conhecimento da iniciativa através de uma eficaz acção promocional do actor Pedro Barroso…

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Pedro3

No Liceu Normal de Pedro Nunes

17 Fevereiro, 2016 0

O Presidente eleito Marcelo Rebelo de Sousa, o ex-ministro Nuno Crato, a saudosa Maria Barroso, o Presidente Jorge Sampaio ou o colunista da SÁBADO, Nuno Rogeiro, são exemplos das centenas de alunos ilustres que passaram por uma escola de referência, o Liceu Normal de Pedro Nunes, hoje Escola Secundária de Pedro Nunes, em Lisboa.

Ao ver o historiador Fernando Rosas…

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Rosas99

Uma máfia no apito

15 Fevereiro, 2016 0

Sou um daqueles cavernícolas que resistem ao vendaval de asneiras dos árbitros e os defendem. Talvez porque venho do tempo dos pançudos de apito na boca, que eram insultados desde a entrada em campo até ao regresso a casa.

Estava ontem a ver a primeira parte do Boavista-Académica, em que a cada minuto jogadores faziam faltas sobre outros que se rebolavam no chão, fingindo-se magoados – agora, como sabemos, qualquer toque do adversário no pescoço ou no peito, faz com que se agarrem à cara, simulando uma agressão – e pensava nas dificuldades que o sr. Luís Godinho estaria a suportar. E saltava-me à memória a velha ideia de mestre Pedroto – que nos últimos anos aqui recordei mil vezes – de que quem atura o que os árbitros aturam não pode bater bem da cabeça.

Reparem que sentia pena do homem, mesmo após ter visto, no sábado, a calamitosa atuação do sr. João Pinheiro – o penálti e o livre direto que deram nos golos do Moreirense resultaram de faltas que não existiram. E isso só não derrotou o Belenenses, e a verdade desportiva, porque com Julio Velázquez jogamos sempre ao ataque e, desta feita, lá se resolveu a coisa.

O treinador azul revoltou-se e foi expulso, mas precisa de se acalmar. No seu país, as arbitragens são ainda piores que em Portugal, e com esse comportamento só prejudica a equipa. Com honrosas exceções, os apitadores constituem uma máfiazita. Não uma associação de malfeitores, apenas um grupo de pessoas sérias que esconde uma caterva de incompetentes. Sim, trata-se de incompetência e nada mais.

Canto direto, Record, 15FEV16

E aqui apago o fogo do ex-ministro Rui Pereira

14 Fevereiro, 2016 0

Não falta quem critique o afã nobilitário de Cavaco Silva nos últimos dias de Presidência. Não acompanho essas críticas, pois considero existir em Portugal um défice de reconhecimento do mérito e da dedicação à causa pública.

Das condecorações de ontem, em Belém, quero destacar a que…

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