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A primeira vitória do Benfica na Alemanha, em 107 anos de história, e a série de 17 triunfos consecutivos está a fazer perder a exata medida do que são as referências do clube. Durante o fim de sem..." /> — ler mais..

A primeira vitória do Benfica na Alemanha, em 107 anos de história, e a série de 17 triunfos consecutivos está a fazer perder a exata medida do que são as referências do clube. Durante o fim de sem..." /> Semanada - Record
28 Fevereiro, 2011

Entendidos perdem sentido da realidade com este Benfica

A primeira vitória do Benfica na Alemanha, em 107 anos de história, e a série de 17 triunfos consecutivos está a fazer perder a exata medida do que são as referências do clube.

Durante o fim de semana, em intervenções públicas encadeadas, houve oportunidade para ler e ouvir declarações absolutamente desconcertantes. Em transcrição livre:

1 – Jesus é o melhor treinador da história do Benfica;

2 – Esta equipa é tão boa ou melhor do que as que foram campeãs europeias;

3 – Luís Filipe Vieira é o melhor presidente de sempre.

Bom, esta equipa, a equipa de Jorge Jesus foi campeã nacional uma vez. O Benfica, desde que LF Vieira é presidente, ganhou dois campeonatos, uma Taça, uma Supertaça e duas Taças da Liga. Isto chega para se dizer que é o “supersumo”, parafraseando o próprio Jorge Jesus?

O Benfica tem uma boa comunicação (esta, sim, pode dizer-se que é a melhor de sempre), mas não há necessidade de entrar no divertido jogo de venda de banha da cobra. Se esta equipa do Benfica for assim tão boa vai ser campeã, vencedora da Taça, da Taça da Liga e triunfará na Liga Europa. Aí então talvez algum corajoso possa dizer que Cardozo é melhor do que Eusébio.

Santa paciência.

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27 Fevereiro, 2011

José Couceiro: por que preço?

Estava escrito nas estrelas que José Couceiro haveria de chegar a treinador do Sporting. E o problema aqui não está no Sporting, está em Couceiro. Porquê?

José Couceiro tem um longo percurso atrás de si, pontuado pela coerência do discurso, vantagem que lhe permitiu desempenhar variadíssimas funções: sindicalista, diretor-geral, treinador, selecionador… Há, no entanto, uma altura em que é preciso saber dizer basta.

Couceiro não devia ter aceitado substituir um treinador que era seu subalterno, porque ele próprio se põe a jeito do que aí vem. Dias Ferreira, por exemplo, já disse que, se ganhar as eleições, o agora treinador só continuará se o futuro técnico o aceitar. Como?

José Couceiro não tinha necessidade disto, mas cometeu o erro clássico: voltar ao sítio onde já estivera sem grande sucesso. É humano que o tenha feito, mas vai pagar por isso. 

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21 Fevereiro, 2011

O TAS para Contador

Pessoas informadas contestam a comparação dos casos de Floyd Landis e Alberto Contador, vencedores da Volta a França com análises antidoping positivas. O primeiro recorreu a testosterona sintética e perdeu o título. Muito justamente. Os testes do segundo revelaram a presença de picogramas de clembuterol no organismo e ele foi despenalizado. Porque a quantidade era insignificante e provinha de carne contaminada. Apesar deste argumento poder colher, subsistem duas questões: o que é que os outros competidores têm com isso? Não perderam com um concorrente dopado? Gente igualmente informada espera que o TAS se pronuncie e Contador perca o Tour. Muito justamente.

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20 Fevereiro, 2011

FC Porto fundador em todas as frentes

1. Faltam 89 anos para o fim do século, mas o FC Porto pode gabar-se de ser a 14.ª melhor equipa do Mundo, numa tabela que a federação de estatísticas se encarregará de ir atualizando até 2100. Passe o exagero, esta notícia sobre o mérito desportivo dos dragões faz lembrar o desequilíbrio que existe naqueles países que estão no top quanto aos índices de avaliação da OCDE e depois são umas nódoas nas estatísticas da Amnistia Internacional.

2. O FC Porto tem sido indiscutivelmente a equipa portuguesa mais relevante dos últimos 20 anos, com resultados conseguidos a partir de uma gestão criteriosa nas decisões, mas é também o fundador de um estilo de direção ditatorial que não admite o direito à palavra pública, quanto mais a uma opinião divergente. Não é por isso estranho que no tempo das redes sociais – do Twitter, do Facebook… – os futebolistas pagos a peso de ouro, que não têm direito a uma cidadania de pleno direito, vão publicando desabafos. Como Guarín e Fucile, embora este já tenha sido alvo de uma reconversão acelerada ao “villasboísmo”.

3. Apesar do atraso civilizacional que representa, esta combinação mérito desportivo-gestão ditatorial tem feito escola e é no Benfica que encontra os maiores entusiastas, empenhados em encontrar o segredo do Santo Graal portista. Os futebolistas e treinadores papagueiam verdades oficiais na Benfica TV e quando têm jornalistas por perto parecem menores sem vontade própria. A equipa vai virando resultados na Liga Europa, que outra razão poderá existir para explicar o sucesso, se não a mudez dos jogadores, que vão “postando” umas coisas no espaço virtual, escapando ao unanimismo da comunicação?

4.Dias Ferreira, candidato às eleições do Sporting, desencantou o nome de Futre para integrar a sua lista, mas aquilo que parecia um lance de génio acabou por se tornar num percalço incontrolável: na opinião de muito adeptos eleitores, o “Paulinho do Montijo” é mais do FC Porto ou do Benfica, do que propriamente um leão de referência.

5. As eleições do Sporting estão a tornar-se num caso sério de indefinição política. O tempo passa e ainda não apareceu “o candidato”. E os que estão em campo nem com os préstimos milagrosos (pagos principescamente) das agências de comunicação lá vão. Adivinha-se uma eleição triste. A esperança, entre os sportinguistas, é que dê um presidente feliz.

6. Liedson chegou ao Corinthians e depressa se tornou no jogador de referência da equipa, com 4 golos marcados em 3 jogos. Cedê-lo foi um erro, por muito que os gestores falem.

7.O Manchester United acaba de renovar o contrato a Ryan Giggs (37 anos). Há jogadores que são mais-valias, apesar de não entrarem no “cash-flow” anual.

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16 Fevereiro, 2011

Futre atrai/afasta apoios

Dias Ferreira lançou-se em força na sua candidatura às eleições do Sporting e como primeiro grande trunfo apresentou Paulo Futre, um esquerdino fabuloso criado nas escolas leoninos, mas cujos únicos títulos que apresenta no currículo foram ganhos… no FC Porto, no Benfica, no AC Milan e no Atlético Madrid.

Paulo Futre é um enorme caso de popularidade, uma personalidade mobilizadora, uma figura extremamente simpática. O único problema, para Dias Ferreira, é que o homem que escolheu para mandar no futebol diz tanto aos adeptos do Sporting como aos do FC Porto… ou mesmo aos do Benfica.

Que Futre é um caso sério, é. Mas tanto o será para arregimentar apoios, como para os afastar. Essa é que é essa.

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14 Fevereiro, 2011

Suíços não brincam com $$$$

A Suíça não faz parte da União Europeia, nem quer saber disso para nada. Tem leis próprias, valores próprios e um modo muito peculiar de acelerar a economia.

Veja-se este caso prático: um cidadão do espaço comunitário vai em trabalho a Genebra e, satsifeito com o conforto que é ir a uma caixa multibanco levantar dinheiro, sem passar pelas antigas burocracias do cambio ao balcão dos bancos, faz levantamentos diários, para não andar de bolso cheio e passar pelos perigos que tal decisão comportaria.

Acontece que a principal indústria suíça – a multiplicação de dinheiro – não está a dormir e, por cada levantamento, cobra três taxas, mais o correspondente imposto de selo.

Pelo levantamento de 200 francos suíços foi assim:

Comissão de levantamento 2,50

Imposto de selo 0,10

Comissão de processamento de levantamento 1,29

Imposto de selo 0,05

Comissão de conversão de moeda 0,76

Imposto de selo 0,03 

Já sei, a ignorância e a credulidade nas boas maneira do sistema pagam-se, mas não podiam fingir melhor e converter tudo numa única taxa? Daria menos nas vistas.

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Seleção sem CR7 não é a mesma

1. A utilização de jogadores de futebol pagos a peso de ouro pelos clubes em jogos particulares de seleções foi tema que esta semana regressou em força à agenda. Veja-se o que fizeram Paulo Bento, selecionador de Portugal, e Sergio Batista, responsável pela Argentina, na quarta-feira, em Genebra.
2. O treinador português estendeu um plano para o jogo que passou por dar 45 minutos a cada guarda-redes, uma hora de jogo ao trio atacante Nani-Hugo Almeida-Cristiano Ronaldo e o tempo inteiro à defesa composta por João Pereira-Rolando-Bruno Alves-Coentrão; deu também 90 minutos ao seu homem de confiança, o indestrutível João Moutinho.
3. Sergio Batista quis experimentar muitas soluções do meio-campo para a frente, mas tinha por importante, acima de tudo, ganhar o jogo, o que não era exatamente o caso de Paulo Bento. Por isso, o selecionador argentino não teve a mínima dúvida em conservar Messi em campo durante todo o jogo. E foi premiado por isso: ganhou mesmo.
4. Paulo Bento explicitou claramente que estava contra qualquer tipo de duelo Ronaldo-Messi que adeptos e imprensa tivessem interesse em promover e levou o seu plano até ao fim, tirando CR7 ao jogo quando estava previsto que saísse, mas abriu um precedente,.
5. E André Villas-Boas, treinador do FC Porto, foi o primeiro a mostrar o incómodo de dois dos seus jogadores não terem sido contemplados pelo regime de poupança do selecionador. Com razão. Por que é que Rolando e Moutinho jogaram 90 minutos e Ronaldo não ficou até ao fim, como Messi, que até jogou ontem pelo Barcelona, um dia mais cedo do que o Real Madrid? Jorge Jesus poderia queixar-se do caso de Fábio Coentrão e Paulo Sérgio do de João Pereira. Isto é, se Paulo Bento quer preservar uma imagem de independência em relação a Mourinho tem de desfazer dúvidas que se começam a formar no futebol português, utilizando o CR7 o tempo que for necessário para Portugal ganhar.
(Publicado na edição papel em 13/02/2011)

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10 Fevereiro, 2011

Triste vida a de Gaitán

O jogador do Benfica, Nicolás Gaitán, arrancou na segunda-feira, às 8 horas, para Genebra, Suíça. Nesse dia era manchete do Record, depois do belo golo que marcou em Setúbal. Os jornalistas queriam falar com ele, fazer fotografias, torná-lo na figura do dia.

– Não posso, o Benfica não me deixa…

Chega a Genebra, metem-no no hotel da seleção argentina, a seguir vai ao treino. Sergio Batista, o treinador, diz que ele e Otamendi são chamados porque precisam de crescer. Mas ambos parecem fantasmas que vão pairando entre as vedetas.

No dia do jogo, têm vista privilegiada para o relvado, a partir do banco de suplentes. De onde não saem.

Otamendi escapuliu-se, mas Gaitán voltou a encontrar-se com os mesmos jornalistas no regresso a Lisboa e a conversa foi a mesma.

– Não posso, o Benfica não me deixa.

– Mas é para falar da seleção argentina!

– O Benfica não me deixa.

O Benfica não deixa Gaitán viver, triste sina a dele, definhar em Portugal, em vez de crescer.

 

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9 Fevereiro, 2011

A contra-entrevista de Costinha

A entrevista de Costinha ecoou com força aqui por Genebra, levantando as maiores dúvidas.

Porquê, Francisco da Costa?

Porquê agora?

Estas são as duas perguntas a que o diretor do futebol do Sporting ainda tem de responder para se ficar a perceber na íntegra o alcance de tão bombástico discurso.

Assim, de repente, o que dá para pensar é que Costinha quer que o demitam, despeçam, para ele mostrar o preço do seu sportinguismo.

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