Luiz Felipe Scolari disse na entrevista com a RTP que Pinto da Costa influenciava algumas decisões tomadas na Seleção Nacional. E deu um exemplo: ele próprio decidiu não convocar Vítor Baía porque este fazia mau balneário, criava problemas, era mau companheiro, etc. E foi o presidente do FC Porto quem lho disse.

Qual é agora a admiração?

A lista de Paulo Bento para o Euro’2012 tem apenas um nome discutível, o de Eduardo, guarda-redes suplente do Benfica. Porque não se espera que um jogador vá a uma fase final para fazer ambiente, mas sim que esteja pronto a responder ao nível do titular, em caso de necessidade, esta escolha é muito polémica.

Depois, há os que estão e os que não estão. Vão Miguel Lopes e Custódio, ficaram apeados Nelson e Manuel Fernandes, depois de terem chumbado no teste com o Luxemburgo. Vai Ruben Micael, fica de fora Hugo Viana, por razões que o selecionador ainda não conseguiu explicar devidamente. Vai Varela e não Hélder Barbosa; vai Nelson Oliveira e não Nuno Gomes, etc., etc., etc.

Para todas estas opções, Paulo Bento tem um argumento de peso: com estes Portugal joga “assim”, com os outros só poderia jogar “assado”. E ele quer que Portugal jogue “assim”. Ponto.
Só para o caso de Eduardo não existe uma resposta irrebatível.

Recentes estudos sociológicos concluem que:

– 4 em cada 6 adeptos do FC Porto não quer a continuidade de Vítor Pereira como treinador, apesar de ter sido campeão nacional e dominar as pressões, altas e baixas;

– 24 em cada 26 decisões de Pinto da Costa são tomadas sem a participação de Antero Henrique;

– 7 em cada 10 adeptos do Benfica quer Jorge Jesus despedido, apesar de ser um dos técnicos que mais percebe de futebol (e estratégia) em todo o Mundo;

– 4 adeptos do Benfica entre este 7 que despediriam JJ não vão participar no plebiscito a Luís Filipe Vieira, no próximo outono;

– 3 em cada 7 apoiantes do movimento Benfica Vencer Vencer não sabe o que é uma bola;

– o preço a pagar pela pintura dos 4 mastros de Alvalade é muito alto.