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  A Taça das Confederações tem-nos permitido ver bom futebol praticado por jogadores desprendidos de pressão – essa doença que contagiou a alta competição -, mas o nível de satisfação da audi..." /> Semanada - Record
24 Junho, 2013

Acarajé no menu do Mundial, já!

 

A Taça das Confederações tem-nos permitido ver bom futebol praticado por jogadores desprendidos de pressão – essa doença que contagiou a alta competição -, mas o nível de satisfação da audiência televisiva está muito longe de se poder equiparar às angústias dos adeptos brasileiros que transformaram a competição num palco de contestação política, primeiro, e cívica, depois.
Numa passagem breve pela “timeline” da minha conta no “twitter”, a propósito da Confederations Cup, apareceram em sequência três títulos que nada tinham que ver com futebol, Neymar, escrete, Espanha, posse de bola, azzurri ou outras palavras-chave que têm marcado o diário da prova. Ei-los:
“Brésil : la présidente Dilma Rousseff va rencontre les manifestants” (France Football)
“Belo Horizonte tem trajeto caótico com manifestações de sábado” (Placar).
“Insatisfeitas, baianas querem acarajé dentro da Fonte Nova em 2014” (Lance)
Dilma Rousseff e manifestantes estão “de casamento marcado” há muitas semanas. Já se percebeu que a coisa está “preta”: sobram estádios e opulência exigida pela FIFA, faltam hospitais, etc., etc. O crescimento económico no Brasil está à vista, gera desequilíbrios e desigualdades que levarão anos a corrigir. Quem vive mal exige, e BEM!, que esse tempo não seja longo. Sim, e a “insatisfação” das baianas que querem acarajé dentro da Fonte Nova? Onde é que entra? Tem tudo a ver.
O conceito económico que a FIFA tem da organização de um Mundial é simples: vocês fazem, nós faturamos. Só que as baianas que fritam a massa de feijão frade, cebola e sal em arroz dendê, desde os tempos em que o Mundo estava dividido entre homens livres e escravos, não percebem porque é que os “cartolas” não as deixam vender os seus petiscos no interior do moderno estádio que foi construído em Salvador para o Mundial de 2014.
No dia do Brasil-Itália, segundo a notícia do “Lance”,  foram vendidos 2 mil pratos do petisco baiano nas imediações do Fonte Nova. Se o comércio fosse permitido no interior, o número dispararia para os 10 mil. É dinheiro de que a economia local precisa.
Se quer um Brasil em paz, com a qualidade de vida a subir, Dilma já sabe: pode começar por resolver o problema das vendedoras de acarajé. O povo agradece e os gringos que forem à Copa deliciam-se com o petisco.

A Taça das Confederações tem-nos permitido ver bom futebol praticado por jogadores desprendidos de pressão – essa doença que contagiou a alta competição -, mas o nível de satisfação da audiência televisiva está muito longe de se poder equiparar às angústias dos adeptos brasileiros que transformaram a competição num palco de contestação política, primeiro, e cívica, depois.

Numa passagem breve pela “timeline” da minha conta no “twitter”, a propósito da Confederations Cup, apareceram em sequência três títulos que nada tinham que ver com futebol, Neymar, escrete, Espanha, posse de bola, azzurri ou outras palavras-chave que têm marcado o diário da prova. Ei-los:

“Brésil : la présidente Dilma Rousseff va rencontre les manifestants” (France Football)

“Belo Horizonte tem trajeto caótico com manifestações de sábado” (Placar).

“Insatisfeitas, baianas querem acarajé dentro da Fonte Nova em 2014” (Lance)

Dilma Rousseff e manifestantes estão “de casamento marcado” há muitas semanas. Já se percebeu que a coisa está “preta”: sobram estádios e opulência exigida pela FIFA, faltam hospitais, etc., etc. O crescimento económico no Brasil está à vista, gera desequilíbrios e desigualdades que levarão anos a corrigir. Quem vive mal exige, e BEM!, que esse tempo não seja longo. Sim, e a “insatisfação” das baianas que querem acarajé dentro da Fonte Nova? Onde é que entra? Tem tudo a ver.

O conceito económico que a FIFA tem da organização de um Mundial é simples: vocês fazem, nós faturamos. Só que as baianas que fritam a massa de feijão frade, cebola e sal em arroz dendê, desde os tempos em que o Mundo estava dividido entre homens livres e escravos, não percebem porque é que os “cartolas” não as deixam vender os seus petiscos no interior do moderno estádio que foi construído em Salvador para o Mundial de 2014.
No dia do Brasil-Itália, segundo a notícia do “Lance”,  foram vendidos 2 mil pratos do petisco baiano nas imediações do Fonte Nova. Se o comércio fosse permitido no interior, o número dispararia para os 10 mil. É dinheiro de que a economia local precisa.

Se quer um Brasil em paz, com a qualidade de vida a subir, Dilma já sabe: pode começar por resolver o problema das vendedoras de acarajé. O povo agradece e os gringos que forem à Copa deliciam-se com o petisco.

 

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