E Cristiano já é terceiro…
Com Mbappé no PSG (com 180M€ obrigatórios dentro de um ano), eis a lista das 16 mais caras transferências de sempre no futebol…
Texto em www.alexandrepais.pt
Com Mbappé no PSG (com 180M€ obrigatórios dentro de um ano), eis a lista das 16 mais caras transferências de sempre no futebol…
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Com Dembelé no Barcelona, eis a lista das 15 mais caras transferências de sempre no futebol (todas realizadas nos últimos oito anos), com as taxas de inflação anual acumuladas já aplicadas e os valores atualizados a 2017…
Texto em www.alexandrepais.pt
Não leitor, não é engano, hoje, quarta-feira, é para mim outra vez segunda-feira porque o meu fim de semana se prolongou com uma viagem a Barcelona, onde tive o privilégio de assistir à primeira mão da Supertaça de Espanha e de encontrar, em Camp Nou, um ambiente muito semelhante ao que me costuma receber no Santiago Bernabéu: intenso, vibrante, envolvedor e mesmo comovente. É a paixão pelo futebol e o amor – e a dedicação extrema – a um emblema a unir as pessoas e a emocioná-las: foi uma noite inesquecível até para o empedernido madridista que sempre serei.
Não é preciso entender muito de futebol, basta acompanhar regularmente pela TV os jogos de La Liga, para verificar a enorme diferença, para pior, dos árbitros espanhóis relativamente aos portugueses. Se para uma partida da Supertaça se escolhe o quarto classificado da temporada anterior e ele se revela tão mau como Burgos Bengoetxea, como serão os outros?
Em Portugal, a generalidade dos árbitros adota uma postura pedagógica, que mistura em proporções corretas as atitudes de firmeza e autoridade com as pacificadoras e dialogantes. Quantas vezes já vimos os nossos juízes de campo a interpor-se entre jogadores desavindos, separando-os e evitando com isso consequências desastrosas para os artistas e para o espectáculo? Ao contrário, o tal de Burgos assistia passivamente às picardias e afastava-se como que esperando novas oportunidades para se afirmar a exibir cartões.
Não vale a pena discutir outros casos do jogo, que foram da severidade com que o apitador puniu o contacto ligeiro mas escusado de Navas a Suárez, à vista grossa que fez ao derrube de Messi por Sergio Ramos. É suficiente atentar na sua incompetência, ou má fé, na expulsão de Cristiano Ronaldo. Como se castiga um jogador com um segundo amarelo após um lance dividido, em que ele se enrola com a bola e com o adversário, e cai na área sem qualquer intuito de enganar o árbitro?
Percebo que Burgos quisesse ficar famoso por expulsar um avançado que já marcou 11 golos ao Barça em Camp Nou – nenhum outro jogador do Real Madrid conseguiu tal proeza e duvido que em 60 anos de existência do mítico palco de Les Corts outro futebolista visitante haja ido tão longe. Mas não se é árbitro para ficar na história e a atuação de Burgos foi uma vergonha que prejudicou Cristiano, o Real Madrid e o próprio futebol.
Dito isto, manda a verdade que se acrescente que a incompetência de Bengoetxea daria apenas um jogo de castigo ao português – que poderia até ser-lhe retirado hoje – não fosse o seu ato irresponsável de empurrar o árbitro. Assim, não estará domingo no arranque da liga e não participará esta noite no que parece vir a ser mais uma comemoração no Bernabéu – atenção a Messi! É pena que Cristiano não tenha tido em conta que nunca se toca num árbitro, ainda que ele seja um mono como Burgos. Que lhe sirva de lição.
Outra vez segunda-feira, Record, 16AGO17
O Record publica hoje o top 10 das transferências no futebol, em que muito provavelmente entrará Mbappé como número 1, pelo menos até que chegue Neymar, com os 222 milhões de euros que o PSG se preparará para pagar ao Barcelona. O mundo do futebol enlouqueceu!
Também a Marca divulgou a sua lista dos “10 mais”, com…
Texto em www.alexandrepais.pt
Quem tem de escrever sobre futebol nestes desgraçados dias sabe que faz figura de imbecil: o que interessa isso quando centenas de portugueses perderam todos os seus bens e muitos deles a própria vida ou a vida daqueles que lhes eram mais queridos? À hora a que escrevo, há pessoas que tentam identificar o que restou dos seus familiares, um pesadelo que jamais os abandonará.
Não me apetece, por isso, debater qualquer outro tema, mas o respeito devido aos leitores obrigaria outro a preencher este espaço se eu não quisesse fazê-lo. Cumpro assim o dever com dor, deixando uma palavra solidária a quem continua a sofrer, e um sentimento, igualmente profundo, de orgulho pela coragem dos heroicos bombeiros de Portugal.
Começo então pela Seleção, que se estreou na Taça das Confederações com uma exibição pálida, ao nível a que nos habituou, afinal. Podíamos ter ganho, é certo, se aos 34 minutos o sempre excelente Ricardo Quaresma acertasse com a baliza, fizesse o 2-0 e “acabasse” com as dúvidas. Como não aconteceu, os centrais da equipa de todos nós encarregaram-se depois de confirmar qual o setor que constituirá a principal dor de cabeça de Fernando Santos no próximo Mundial.
Embora se acrescente, em abono da verdade, que André Gomes não tem hoje condições para ser titular – muito menos para estar em campo 90 minutos – e que o selecionador, se quiser vencer a Rússia, terá de resolver a questão das transições. Quem tem no banco jogadores como Pizzi ou Bernardo Silva, ou os levou apenas por serem rapazinhos simpáticos ou terá que os utilizar para que a Seleção disponha da mais elementar das ferramentas futebolísticas, a da construção de jogo.
Reservo umas palavras para a polémica que envolve Cristiano Ronaldo e para lembrar o que venho aqui defendendo há anos: não acabará a sua carreira em Madrid. E se o caldo não se entornou com os assobios do Bernabéu, porque os calou a todos com um final de época brutal, entorna-se agora com a “perseguição” do fisco espanhol e com a oportunidade que cria para que o craque amue.
Os destinos prováveis vão além de Paris e do PSG. Só ontem, a “Marca” apontava mais três: Munique, com o Bayern disposto a pagar 200 milhões de euros ao Real Madrid; Manchester, com o United a entregar De Gea mais 230 milhões por CR7 e por Morata; e Londres, com o Chelsea a oferecer Hazard e no mínimo mais 100 milhões. Mas há que não desprezar a tese que defende que um “upgrade” do contrato com o Real liquidará mais este amuo. Porque, como diz Javier Tebas, presidente de La Liga, a saída de Cristiano do campeonato espanhol “não é quantificável” e seria “uma perda irreparável”. E nestas coisas, como noutras, o negócio manda.
Outra vez segunda-feira, Record, 19JUN17
Mesmo que não queira, uma pessoa chateia-se. Aconteceu-me na tarde de sábado, quando me encontrava em estágio de sofá para a final da Champions, com um olho nos “Hala Madrid!” do Twitter e com outro na Sporting TV – para o direto do último jogo do campeonato de juniores, em que os leões, já com o título conquistado, recebiam o Belenenses. Perto do final, o Sporting vencia mas atuava apenas com nove jogadores e os azuis procuravam o empate – que viriam a conseguir – que lhes garantia um excelente segundo lugar. Só que no período de compensação o árbitro André Pereira inventou um penálti e com isso o Belenenses acabou por triunfar. Gosto de ganhar mas gosto mais da verdade desportiva e o que vi foi uma vergonha que nada augura de bom à nova geração de árbitros.
À noite, com mais uma grande vitória do Real Madrid, esqueci-me de mágoas e vibrei – também por Cristiano Ronaldo, que alguns imbecis não há muito assobiavam no Bernabéu porque não marcava tantas vezes como queriam as criaturas. Ora, o certo é que numa época em que jogou menos, apontou 42 golos pelo Real Madrid e soma mais 10 pela Seleção, o que significa que pela sétima (!) temporada consecutiva ultrapassou os 50. Está, aliás, só a 5 dos 57 golos de Messi, podendo ainda alcançar o argentino nos desafios com Letónia, México, Rússia e Nova Zelândia – e quem sabe mais um ou dois – na Taça das Confederações. Depois de um 2016 de sonho, Cristiano, o ex-acabado, vive um segundo ano de ouro. E merece-o.
Canto direto, 6JUN17
29 de julho – Jogo particular em Miami: Real Madrid-Barcelona
8 de agosto…
Período demolidor para o Real Madrid e para Cristiano, após a partida decisiva com o Bayern… Seis jogos em 18 dias e os três primeiros em apenas… sete dias! Se o desafio em atraso com o Celta de Vigo…
Por diversas vezes aqui tenho defendido que o final do percurso futebolístico de Cristiano Ronaldo se dará no Man United, apesar de saber que há quem o veja mais a atuar nos Estados Unidos, que Bruno de Carvalho sonha com um regresso do jogador ao Sporting e que ele reafirmou, há pouco, a vontade de terminar a carreira no Real Madrid – esta última a hipótese em que menos acredito.
Viu-se no sábado, com a sua irada reação à substituição em Las Palmas, que Cristiano encontrou a sua zona de conforto nos dias de glória mas não está minimamente preparado para enfrentar o “dia seguinte”, aquele que nascerá mal se encerre o período de maior fulgor. Depois de, numa década, ter conquistado tudo e ter sido o melhor futebolista do Planeta, CR não conseguirá – como ser humano algum conseguiria – manter o mesmo alto nível exibicional e marcar indefinidamente mais de 50 golos por época.
Zidane explicou que substituiu o nosso craque para o poupar, uma vez que o Real tem, amanhã, o difícil confronto com o Borussia de Raphael Guerreiro. Mas é evidente que Cristiano se encontra fora de forma, embora o seu grande futebol tanto possa estar de volta já na partida com os alemães, como tardar mais umas semanas ou aparecer até com novos contornos a que teremos de nos habituar – nós, os adeptos e o próprio jogador.
Mas se CR não está preparado para um rendimento diferente, preparados também não estão os madridistas e a comunicação social espanhola que, sem tolerância, continuarão a exigir-lhe o impossível. Cristiano ainda não percebeu que, como Raúl, deixará Madrid mais cedo do que merece.
Canto direto, Record, 26SET16