Os palavrões estão na moda
De espíritos sensíveis ou de pessoas apenas educadas são provenientes os protestos nas redes sociais por causa do sujo palavreado da “famosa” Fanny, regressada à “Casa dos Segredos” como boa filha que é. Curiosa a origem da “revolta”: ela nasce logo nos micro-sites conhecidos pelo uso desbragado do verbo e onde ainda há dias uma chusma de destemperados aproveitava o internamento hospitalar de Mário Soares para o insultar da forma mais cobarde e mais miserável.
Em matéria de javardice, há na redação de Record uma boa dezena de jornalistas especializados. Não por lhes faltar a educação mas por terem a penosa tarefa diária de apagar da página do jornal no Facebook – ou de não validar no Record Online – centenas de comentários carregados de ódio e da linguagem mais abjeta.
O fenómeno da ordinarice não é novo Já há 40 anos, na redação do “Diário de Lisboa”, se falava “mal”. Hoje, no Record, o palavrão é utilizado com alguma parcimónia. Não por preconceito contra a “liberdade” de expressão, mas porque devemos ter limites e respeitar-nos uns aos outros. Mesmo sabendo que nas “casas dos segredos” desta vida existe gente muito frustrada, milhões de desesperados que precisam de uma válvula de escape.
Que não mordam a língua!
Antena paranóica, publicado na edição impressa do Correio da Manhã de 19 janeiro 2013