Jogar ou não jogar contra o City: o dilema de Cristiano
A exemplo do que fez antes do jogo do Real Madrid com o City, em Manchester, a imprensa espanhola alimenta a certeza da presença de Cristiano Ronaldo na equipa merengue, na decisiva partida de quarta-feira, no Bernabéu. E para que não haja dúvidas quanto à gravidade da lesão de CR7, os média espanhóis confirmam o resultado da ressonância magnética: uma microrrotura de 1,5 cm, no bicípete femoral da perna direita.
Ao contrário, sem qualquer outro interesse que não seja o dos leitores de Record, o jornalista Hugo Neves foi saber, junto de Nuno Campos, ex-médico da Seleção, o tempo de paragem necessário para debelar esse tipo de lesão que, no caso de Cristiano, ocorreu no passado dia 20, no jogo com o Villarreal. E o veredito foi claro: 17 a 21 dias. Ora, de 20 de abril a 4 de maio decorrem apenas… 14. Ou seja, a cicatrização, que demora 12 a 14 dias, estará completa, mas a recuperação muscular não.
Claro que a decisão de atuar ou não depois de amanhã vai ser de Cristiano, que chega a esta difícil situação pela sua ânsia em jogar, jogar sempre, ainda que o bom senso aconselhe que se respeitem os limites da máquina humana. E a dele cedeu nesta parte final da época, levando-o a perder o Pichichi, a Bota de Ouro e talvez até a falhar a meta dos 50 golos (soma 47) em desafios oficiais pelo Real, o que sucederia pela sexta (!) temporada consecutiva, uma ninharia.
É verdade que lhe resta a glória da Champions. Ou não. Porque se jogar contra o City arrisca-se a acabar já a época. E o Europeu? Ai, ai… Se não jogar, ou se jogando não estiver ao seu nível, o Real Madrid – também sem Benzema – dificilmente estará na final de Milão, no dia 28. Eis um momento em que ninguém gostaria de estar na pele de Cristiano.
Canto direto, Record, 2MAI16