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Talvez porque a marca de ourela das Caxinas não seja tão forte e tão carregada de “finesse” como as das avenidas das grandes cidades, talvez por que as relações públicas não constituam propriamente..." /> — ler mais..

Talvez porque a marca de ourela das Caxinas não seja tão forte e tão carregada de “finesse” como as das avenidas das grandes cidades, talvez por que as relações públicas não constituam propriamente..." /> Quinta do Careca - Record

Quinta do Careca

Fábio Coentrão e Record: dupla chapelada

28 Novembro, 2016 0

Talvez porque a marca de ourela das Caxinas não seja tão forte e tão carregada de “finesse” como as das avenidas das grandes cidades, talvez por que as relações públicas não constituam propriamente a sua especialidade, Fábio Coentrão fica por norma de fora das odes com que se adulam tantos ídolos com pés de barro, gente de escassas virtudes mas de abundantes vaidades.

Vê-se, aliás, o que é dito em entrevistas ou mesmo quando terminam as partidas, em que as vitórias são sempre consequência dos excelsos méritos dos vencedores e as derrotas jamais fabricam derrotados: a culpa é do árbitro, do excesso de jogos, da relva, da chuva ou do azar, nunca é deles.

Ao assumir, no final da partida de Alvalade, não só a responsabilidade pelo penálti de que resultou o empate, como a necessidade de ter de melhorar a sua atual capacidade para merecer continuar a jogar no Real Madrid, Fábio Coentrão fez prova de uma grandeza de caráter que não está ao alcance de muitos peitos cheios de vento que por aí desfilam e demonstrou ser uma pessoa especial, a quem só se pode desejar toda a sorte do Mundo.

Na passagem do 67.º aniversário do Record, assinalado com uma edição que honrou a imprensa portuguesa, gostaria de recordar os fundadores do jornal, os pioneiros que desbravaram o difícil caminho que permitiu que outros pudessem chegar um dia à liderança da imprensa desportiva, hoje esmagadora sob o comando do António Magalhães e da sua equipa. Chapeau!

Canto direto, Record, 28NOV16

Um maio de 1975 já com cheiro a novembro

25 Novembro, 2016 0

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Após 25 de abril de 1974, a Emissora Nacional (EN) foi tomada pelos comissáriosdos partidos de esquerda, que o major Delfim Moura, líder da comissão ad-hocindigitada pelo MFA, tinha dificuldade em controlar. E só resistiu no cargo até 29 de maio de 1974, dia em que o então tenente-coronel Calvão Borges, da Força Aérea, assumiu a direção da rádio oficial.

Seria já Calvão a conter o desvio spinolista do 28 de setembro…

Texto integral em www.alexandrepais.pt

João Pereira e o seu outro eu

23 Novembro, 2016 0

Tal como não se pode fugir ao destino, também da fama de ter maus fígados não nos livramos. Estou a pensar em João Pereira, esse desistente de carreira que o olho de falcão, perdão, o olho de lince de Jorge Jesus em hora feliz foi buscar à prateleira dos infernos.

Duelo. O jogador começou por corresponder à confiança do técnico, teve a seguir um período em que perdeu o duelo com Schelotto, mas voltou ao de cima, reconquistando o lugar no onze.

Renegado. Ontem, Pereira estava a jogar bem até renegar tudo aquilo de que nos convencera: que regressara ao futebol agressivo e intenso que o levara à Seleção de Paulo Bento, perdendo, ao mesmo tempo, a mania dos palavrões e de se meter em embrulhadas.

Quadro. Numa das redes sociais, substitutas por excelência das antigas portas das retretes públicas, alguém mais perverso – e perversidade é o que por lá não falta – escreveu que João Pereira quer seguir a carreira de João Vieira Pinto. E que se este conseguiu, também ele quis iniciar a sua caminhada para futuro quadro da Federação.

Protetor. Não acredito nisso. Primeiro porque Pereira não teve tempo para pensar, foi traído pelo ADN, quis ser fiel ao seu outro eu, justificar a fama de quezilento histórico. E encostou-se ao Kovacic que, coitadinho, se rebolou no chão com umas dores pavorosas. João Pereira é injustamente expulso, mas já sabia que o passado não lhe permite entrar em confusões. Não devia ter ido à guerra e foi, pregando com isso Jesus Protetor na cruz e lesando o Sporting, que estava em cima de um Real Madrid que tornou a não ser superior aos leões.

Apoplexia. Manda igualmente a verdade que se diga que Jesus não tem, ainda, uma equipa madura. Basta recordar dois lances de Gelson Martins, no princípio do segundo tempo. Num, ficou à solta pela direita, aproveitando a queda de Marcelo, e fez um centro rasteiro, à toa, para o meio dos defesas, o que deixou o treinador à beira da apoplexia. Minutos depois, isolado na grande área, centrou atrasado para “ninguém”, quando se impunha o remate cruzado. Adiou a sua afirmação, revelando que tem muito para aprender e crescer.

Cérebros. Apesar de tudo, a coisa compôs-se com a ridícula mão, ou braço, de Coentrão, esse émulo cerebral de João Pereira. Mas como em Madrid, o Sporting não teve sorte. E tanto azar, já chateia.

Contracrónica, Record, 23NOV16

Doutores Labregos

22 Novembro, 2016 0

Nestes quase 14 anos que levo a escrever no Record, perdi a conta às vezes que tenho criticado, sem cair no pecado da generalização, o pior do futebol português: alguns dos seus dirigentes.

Os jogadores evoluíram para o topo do Mundo, os nossos técnicos são do melhor que é possível contratar, os árbitros estão a anos-luz dos habilidosos de outros tempos, e só entre os que mandam – nos clubes e nas sociedades porque Federação e Liga passaram há muito ao patamar de cima – encontramos ainda, em múltiplas circunstâncias, os velhos broncos de sempre.

Engravatados ao estilo de doutores urbanos ou boçais saídos do batatal, tesos armados em empresários ou endinheirados sem reconhecimento social, falados nas páginas cor de rosa ou simplesmente conhecidos das primas, aí estão eles, um pouco por todo o lado onde salte uma bola, corrompendo consciências, espalhando conflitos e dando péssimos exemplos de conduta, e utilizando o palavreado próprio dos labregos que trocam a educação pela ordinarice.

Um amigo, incapaz de faltar à verdade, contou-me um caso recente a que assistiu, num almoço que reuniu o presidente de uma SAD, o diretor desportivo, o treinador da equipa e meia dúzia de convidados. A dada altura, o líder pôs o seu ar mais sério e avisou o técnico: “Olha que tu põe-te a pau com este gajo (e apontou o diretor desportivo) porque ele é mariconço. E o pior é que anda a comer o ponta de lança!” Haverá poucos assim tão maus, é certo, mas lá que a javardice faz escola, faz.

Canto direto, Record, 21NOV16

Um riso irritante nas “Viagens à minha terra”

19 Novembro, 2016 0

Não perco, aos domingos, no Jornal das 8 da TVI, a rubrica “Viagens à minha terra”, com a qual conhecemos os espaços onde algumas figuras públicas vivem ou cresceram. Claro que se o personagem não me interessa ou me é antipático, sigo as melhores práticas e mudo de canal.

Mas existe um ruído perturbador…

Texto integral em www.alexandrepais.pt

Manuel Pereira partiu há 13 anos

18 Novembro, 2016 0

Por esta altura, há 13 anos, o jornalista Manuel Pereira, então na TV Guia, saiu de uma reunião de planeamento da revista, com o diretor Nuno Farinha e o chefe de redação Luís Martins, e sentiu-se mal – sofrera um AVC. Levado para o hospital, permaneceu alguns dias em coma e deixou-nos a 18 de novembro, aos 43 anos.

Conheci o Manel em 1998, na equipa inicial do 24horas, e trabalhámos a seguir…

Texto integral em www.alexandrepais.pt

Somos bons a sacudir a água do capote

17 Novembro, 2016 0

Carregados de qualidades, os portugueses são mestres em dois defeitos: a inveja social que lhes ilumina a vida e a mania de sacudir a água do capote para que outros paguem as favas.

Ao primeiro já aqui me tenho referido várias vezes e a ele desgraçadamente voltaremos. Quanto ao segundo, acabou de se evidenciar de forma gritante em casos recentes. Um foi o da morte de dois recrutas comandos…

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Até no futebol elas tiveram que se impor

15 Novembro, 2016 0

“Não sou apologista do futebol para senhoras, é um desporto demasiado viril para ser jogado por elas. Além disso, se não for jogado com virilidade, creio que se tornará até um bocado rídículo (…) embora possa estar redondamente enganado” – palavras de José Mourinho Félix, numa entrevista ao Off-Side, em 1983…

Texto integral em www.alexandrepais.pt

FUT9FUT2

A velharia de Fernando Santos

Quando Fernando Santos chegou à Seleção, os mesmos plumitivos que aplaudiram as saídas de Scolari e Paulo Bento, “autorizaram” a nomeação do selecionador nacional com a alegação de que ele iria ter de renovar uma equipa envelhecida.

O engenheiro cedo dissipou as dúvidas com uma convocatória inicial conservadora, na qual não faltou sequer um Bosingwa já com poucas condições para altas cavalarias. E a partir daí foi chamando, uma a uma, as muitas revelações em que felizmente é fértil o futebol português, procedendo à renovação com segurança e sem desaproveitar, como muitos vaticinavam e até “exigiam”, os veteranos sem os quais jamais teríamos alcançado o topo da Europa.

Lembrei-me disso ontem, primeiro ao ver, nas laterais da defesa, João Cancelo e Raphael Guerreiro, dois talentos puros, dois jovens que darão poucas hipóteses de voltarmos a ter no onze titular da Seleção três campeões europeus: Cédric, Vieirinha e Eliseu. E depois, já sobre o final do jogo com a Letónia, quando vi o golo de Bruno Alves, esse podre de velho sempre generoso, sempre concentrado e sempre útil, que tantos têm dado como acabado e que insiste, com modéstia e determinação, em fazer prova de uma vida futebolística que chegará, pelo menos, até ao Mundial.

E é apenas na zona de ação de Bruno, José Fonte e Pepe que está por fazer a tal renovação tranquila, um pouco por falta de opções imediatas, mas muito pela inegável qualidade dessa velharia que nos assegura o presente e o futuro próximo. Mais tarde, um dia, Santos fará então o trabalho.

Canto direto, Record, 14NOV16

 

Dois dias de loucos

12 Novembro, 2016 0

A Operação Zeus, desencadeada a semana passada pela PJ e pela congénere da tropa não só permitiu deter seis suspeitos de um dos mais velhos pecados cá da terra – desde sempre que o sargento despenseiro teve fama de construir a sua vivendazinha…

Texto integral em www.alexandrepais.pt