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Haverá poucos profissionais no futebol português tão consensuais quanto Fernando Santos. É um bom treinador, relaciona-se bem com os jogadores e as suas equipas conseguem aliar bons resultados a um..." /> Semanada - Record
24 Setembro, 2014

Fernando Santos, o selecionador certo no momento errado

Haverá poucos profissionais no futebol português tão consensuais quanto Fernando Santos. É um bom treinador, relaciona-se bem com os jogadores e as suas equipas conseguem aliar bons resultados a uma estética de jogo apreciável. Por isso foi capaz de convencer patrões tão diferentes como FC Porto, Sporting e Benfica a contratá-lo.

Na Grécia, trabalhou em três clubes diferentes (AEK, Panathinaikos e PAOK) e chegou naturalmente ao cargo de selecionador.

A escolha de Fernando Santos para liderar a Seleção de Portugal é, pois, a “decisão acertada” da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Mas há um pormenor – como sempre, em qualquer processo, mesmo nos mais claros e indiscutíveis, o “mas” que subsiste equivale ao grão de areia capaz de arruinar a máquina mais sofisticada.

E o “mas” de Fernando Santos é que foi suspenso pela FIFA por oito jogos, na sequência de uma expulsão pouco esclarecida, no Mundial do Brasil. Isto é, a FPF escolheu o selecionador certo no momento errado.

Se por acaso o Tribunal Arbitral do Desporto não atender o recurso de Santos é certo que a Seleção só terá o seu líder técnico no banco já durante a fase final do Euro'2016. Se lá chegar.

O maior risco é da FPF, ao decidir apostar num profissional limitado na sua liberdade de ação e Fernando Gomes perceberá que, a haver alguém a prestar contas, no final de 2015, será ele próprio. À partida, a posição do selecionador estará sempre salvaguardada, porque não foi ele quem pediu para assumir o lugar mesmo castigado.

Como sempre, crê-se que tudo pode correr bem. Até começar a correr mal. 

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