Assiste-se entre as cúpulas benfiquistas à grande diabolização dos árbitros, desde que Jorge Jesus afirmou estar certo da desonestidade do árbitro auxiliar que não viu Maicon fora de jogo, no clássico da Luz, com o FC Porto.
Não há muito a fazer. Quando os homens fazem fé num dogma não há Deus que os faça acreditar noutra coisa.
Depois do desastre de Alvalade, que remeteu o Benfica à condição de equipa sem estímulo para mais do que ganhar a Taça da Liga, JJ, Artur e outros centraram as suas razões nos árbitros, mas nenhum deles até hoje foi capaz de explicar por que o melhor futebol de Portugal se esvaziou como um balão, na sequência da derrota com o Zenit, na primeira mão da eliminatória da Champions, frente aos russos.
Jesus é um mestre. É. Mas a sua ciência também é curta… como o futebol inglês. Enquanto a máquina funciona e as vitórias se sucedem, tudo parece impecável, mas à mínima crise é o fim.
Jesus é um mestre. É. Mas tem muito para aprender, nomeadamente num domínio que ele subvaloriza por completo: a motivação dos jogadores. Para ele, o futebol é tática, quando a tática vale cada vez menos. Se a cabeça não quer é óbvio que as pernas não aguentam.