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A rotatividade imposta no Benfica por Rui Vitória comporta um problema grave: na verdade, não se trata de fazer descansar jogadores em função das exigências do calendário, mas de experimentar jogad..." /> Semanada - Record
16 Dezembro, 2015

Rui Vitória em processo de Lopeteguização

A rotatividade imposta no Benfica por Rui Vitória comporta um problema grave: na verdade, não se trata de fazer descansar jogadores em função das exigências do calendário, mas de experimentar jogadores. Vamos a exemplos: Mitroglou entrou bem na equipa, mas em Madrid deu o lugar a Jiménez. Pensou-se que era para descansar, mas não, Mitroglou perdeu mesmo o lugar para o mexicano. Até que este, finalmente, acertou na baliza. O que sucedeu a seguir? Voltou Mitroglou. Outro: depois de muitas sessões de experimentação na zona central do meio-campo, que até incluiu os improváveis André Almeida e Talisca juntos na vitória sobre o Galatasaray, Rui Vitória chegou à dupla Samaris-Renato Sanches. E o que sucedeu na Madeira? Apareceu o improvável Fejsa entre o onze inicial, movido a gasóleo agrícola.

À sua maneira, no seu registo, é óbvio que Rui Vitória auto-sujeitou-se a um processo de “lopeteguização”, transformando a constituição da equipa numa gestão das suas próprias incertezas, com mudanças para todos os gostos e pontos perdidos, calma e tranquilamente naquilo que foi transformado no seu “ano zero no Benfica”, com o alto patrocínio de Luís Filipe Vieira.

Fernando Gomes anunciou que Portugal vai jogar para o título no Euro’2016. Compreende-se. Mas os portugueses que gostam de futebol não estão convencidos, porque a Seleção Nacional só se empolga verdadeiramente quando há coisa pequeninas em jogo, do género o apuramento no playoff que obriga Cristiano Ronaldo a subir ao grau mais elevado da sua competência. Títulos? Isso é para as Alemanhas. Antes de convencer a tal “opinião pública”, convençam-se os jogadores. O vice-presidente Humberto Coelho conhece o problema, porque já o expôs no Record: o jogador português, quando atinge determinado nível, fica contente. E fica a ver os outros a triunfarem. Sugestão: no dia da inauguração da Cidade do Futebol, em março de 2016, Fernando Gomes deveria anunciar previamente o prémio de vitória no França’2016: aí uns 250 mil euros para cada campeão. Que motivação!

Portugal não terá qualquer árbitro na fase final do Euro. Deve ser grave, porque até aqueles que todas as semanas se queixam dos “corruptos” e “vendidos” da arbitragem lamentam agora a ausência. E juizinho, há?

Apreciável a resposta de Jorge Jesus às queixas do Benfica quanto à arbitragem. Isto é: joguem à bola como o Sporting e cheguem-se à frente. Mas a mensagem deve ser lida também em Alvalade, com muita atenção. Por Bruno de Carvalho, Jaime Marta Soares, Octávio Machado e Augusto Inácio. Isto é: o Sporting nem sempre é o supra-sumo do futebol português, arranjem outras explicações, principalmente os três dirigentes que são também treinadores encartados.

Lopetegui-Pinto da Costa: o problema segue dentro de momentos. Mas quando até uma voz autorizada como a de Guilherme Aguiar fala em descrédito, a cena pode estar para breve.

Mourinho: no comments.

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