1. As ondas de choque que o dérbi libertou prolongar-se-ão no tempo, como é regra acontecer. Mas, ao contrário do que alguns “agendadores” estão a tentar fazer crer, o Sporting-Benfica não foi um jogo violento. Teve os seus casos, alguns marcados por excessos, mas desfocar este quadro ao ponto de criar um outro – inexistente – é desonesto.
2. Compreende-se que o Benfica tente deslocar a discussão do jogo para outras áreas, percetíveis no discurso do capitão de equipa, Luisão, e no do treinador, Rui Vitória. A equipa jogou 15 minutos na 1.ª parte, mais cinco na segunda e o resto do tempo esteve a ver a bola passar. É pouco para uma eliminatória que durou 120 minutos.
3. Slimani foi dos que se excedeu e o seu caso é o mais grave, porque passou em claro, não foi julgado pela equipa de arbitragem no momento.
4. Antigamente, teria saído um processo sumaríssimo, com base na análise das imagens televisivas, e o assunto estaria resolvido com uma suspensão. Merecida.
5. O Sporting tem também a sua lista de casos, mas nenhum configura a gravidade do protagonizado por Slimani. E todos foram objeto da avaliação de Jorge Sousa.
6. Aliás, o Sporting está a ir na estratégia do Benfica, respondendo no mesmo campo, quando deveria focar-se na qualidade do jogo, na qualidade da estratégia de Jorge Jesus e na superior interpretação dos jogadores. Foi uma equipa muito acima do adversário.
7. Mas deste Sporting, beligerante, não seria de esperar outra reação que não esta, à flor da pele. Quem gosta da cena é Rui Vitória, cujo trabalho fica mais uma vez por escrutinar, enquanto se discutem cotoveladas, boladas e outras minudências.