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1. As ondas de choque que o dérbi libertou prolongar-se-ão no tempo, como é regra acontecer. Mas, ao contrário do que alguns “agendadores” estão a tentar fazer crer, o Sporting-Benfica ..." /> — ler mais..

1. As ondas de choque que o dérbi libertou prolongar-se-ão no tempo, como é regra acontecer. Mas, ao contrário do que alguns “agendadores” estão a tentar fazer crer, o Sporting-Benfica ..." /> Semanada - Record
24 Novembro, 2015

Sporting responde ao Benfica e é disso que Rui Vitória gosta

1. As ondas de choque que o dérbi libertou prolongar-se-ão no tempo, como é regra acontecer. Mas, ao contrário do que alguns “agendadores” estão a tentar fazer crer, o Sporting-Benfica não foi um jogo violento. Teve os seus casos, alguns marcados por excessos, mas desfocar este quadro ao ponto de criar um outro – inexistente – é desonesto.

2. Compreende-se que o Benfica tente deslocar a discussão do jogo para outras áreas, percetíveis no discurso do capitão de equipa, Luisão, e no do treinador, Rui Vitória. A equipa jogou 15 minutos na 1.ª parte, mais cinco na segunda e o resto do tempo esteve a ver a bola passar. É pouco para uma eliminatória que durou 120 minutos.

3. Slimani foi dos que se excedeu e o seu caso é o mais grave, porque passou em claro, não foi julgado pela equipa de arbitragem no momento.

4. Antigamente, teria saído um processo sumaríssimo, com base na análise das imagens televisivas, e o assunto estaria resolvido com uma suspensão. Merecida.

5. O Sporting tem também a sua lista de casos, mas nenhum configura a gravidade do protagonizado por Slimani. E todos foram objeto da avaliação de Jorge Sousa.

6. Aliás, o Sporting está a ir na estratégia do Benfica, respondendo no mesmo campo, quando deveria focar-se na qualidade do jogo, na qualidade da estratégia de Jorge Jesus e na superior interpretação dos jogadores. Foi uma equipa muito acima do adversário.

7. Mas deste Sporting, beligerante, não seria de esperar outra reação que não esta, à flor da pele. Quem gosta da cena é Rui Vitória, cujo trabalho fica mais uma vez por escrutinar, enquanto se discutem cotoveladas, boladas e outras minudências.

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20 Novembro, 2015

Jorge Jesus brinca enquanto Rui Vitória vai rezando pelo Benfica de Madrid

1. 19h30, sharp! Jorge Jesus não falhou o início da conferência de imprensa. E começou a marcar pontos, ironicamente, dando a entender que o atraso de Rui Vitória, a responder aos jornalistas mais de meia-hora depois do previsto, significava medo. Comunicar é isto.

2. O treinador do Sporting gostaria de ter feito a rotatividade que os selecionadores da Costa da Rica, da Colômbia e da Argélia não lhe permitiram, para apresentar Ruiz, Gutiérrez e Slimani mais descansados. Os três tiveram grande peso nas duas vitórias já alcançadas sobre o Benfica e Jesus não vai brincar com coisas sérias: mesmo cansados, os melhores jogam.

3. Que mais poderia conter o discurso de Rui Vitória para além da palavra vencer, depois de duas derrotas? Até aqui viram-se três Benficas: o dos jogos com o Sporting; o da Liga; e o da Liga dos Campeões – e este até já ganhou com uma dupla de médios-centro constituída por André Almeida e Talisca, sinal de uma confiança que parecia inexistente. Qual dos Benficas vai aparecer em Alvalade? Vitória reza pelo de Madrid.

4. Fernando Santos mencionou os nomes de Benfica e Sporting para falar das suas opções nos jogos com a Rússia e o Luxemburgo. E não falou expressamente no FC Porto. Foi o suficiente para a inteligência portista fabricar uma birra pública. Mais do que sobrecarregar com tempo de jogo os internacionais do FC Porto, o que verdadeiramente irritou o portismo militante foi a preocupação pública centralista do selecionador. Há coisas que não mudam por muito que a máquina do tempo avance.

5. A FPF foi considerada uma das 14 federações limpas de corrupção pela Transparência Internacional (!). Ótimo. Eduquem-se agora os dirigentes para falar de futebol e gestão desportiva. Deixem a arbitragem aos árbitros.

6. Bruno de Carvalho não esquece os vouchers do Benfica, oferecidos a árbitros e observadores da Liga. É óbvio que a sua agenda é o Benfica, os insultos do FC Porto, no Algarve, são “pinners”.

7. As investigações policiais à atividade do Football Leaks são isso mesmo, uma ilusão, eclipsaram-se, não existem.

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6 Novembro, 2015

Jorge Jesus precisa fazer a primeira revisão epistemológica da época 2015/16

1. O Sporting, 5-Skënderbeu, 1 criou uma ilusão a que nem o experimentado Jorge Jesus conseguiu fugir. Depois da goleada aos albaneses com uma equipa alternativa, na sequência da vitória alcançada no dérbi, instalou-se no Sporting aquela dinâmica tipo “já entrámos em velocidade de cruzeiro, venha quem vier, é trigo limpo, farinha amparo”. Ao contrário do que pensa a maioria, desta vez, na Albânia, o treinador dos leões não subestimou a competição europeia em favor das provas nacionais. A verdade é que JJ estava convencido que era possível ganhar à grande, fosse onde fosse, com o onze que julgasse mais conveniente. E perdeu à grande. Em Alvalade, é tempo de fazer a primeira “revisão epistemológica” dos princípios competitivos para a época 2015/16.

2. Quem pegou na folha com as equipas escaladas para o Benfica-Galatasaray e percebeu que Rui Vitória escolhera jogar no meio-campo com um eixo central constituído por André Almeida e Talisca pensou: “Desta vez é a sério, o Benfica vai mesmo levar forte e feio em casa”. Ganhar com esta dupla em campo prova duas coisas: o treinador do Benfica acredita mesmo naquilo que está a fazer; os jogadores acreditam naquilo que o treinador lhes diz. Ainda.

3. Layún é, a par de Casillas, a grande contratação do FC Porto, uma das melhores da Liga. Vê-se no mexicano a solidez que há em Maxi Pereira, acrescida de maior profundidade, capacidade de remate e, também, classe. O problema no Dragão continua a ser o de sempre: Lopetegui. A boa notícia para os dragões é que a partida com o V. Setúbal se joga em casa.

4. É extemporânea a chamada de Gonçalo Guedes à Seleção Nacional. O Atlético Madrid-Benfica permitiu-lhe voltar a ser “a esperança”, na sequência de um Mundial Sub-20 dececionante, e provou que Guedes tem matéria, mas ainda não é de equipa A. Deixem-no crescer sem queimar etapas, perigosamente.

5. Foi extraordinária a demonstração de afeto dos adeptos do Chelsea ao seu treinador. Mourinho é demasiado grande para se perder em teorias da conspiração que envolvem árbitros e disciplina. Ele está acima disso, alguém lhe faça perceber que as suas energias devem ser canalizadas para convencer um plantel avaliado em mais de 540 milhões de euros a render mais.

6. Miguel Oliveira pode lá chegar, ao título mundial de Moto3. Que seja, que a mota não se engasgue. Portugal precisa de uma aceleradela no ânimo.

7. A partir de agora vai ser assim: às sextas, a Semanada far-se-á ler. Sem prejuízo de outros textos que houver para escrever.

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