Capacidade. Quem ficou a ver os Sub-20 de Portugal até às tantas da manhã percebeu que o selecionador Hélio Sousa tinha uma preocupação na hora do desempate por penáltis: os jogadores precisavam perceber se estavam ou não capacitados para assumir a responsabilidade da marcação. “CA-PA-CI-DA-DE”, repetiu Hélio.

Vistos os penáltis, percebeu-se que poucos jogadores dos que foram marcar estavam preparados para o fazer. E essa é que é a questão: quem deve marcar os penáltis? Os jogadores que se chegam à frente na hora da verdade? Os que o treinador entende estarem mais aptos?

Para quem está de fora, o que parece é que os penáltis são muito bem preparados do ponto de vista do guarda-redes (estudiosos dos adversários, conhecedores das rotinas dos marcadores), mas que estão à mercê do livre-arbítrio de quem se acha capaz de os marcar. Não basta dizer ao treinador: “Vou eu!” Para quê? Para mandar a bola para as couves?

Exige-se aos treinadores que trabalhem mais os penáltis; e aos jogadores que os treinem muito. Custará assim tanto escolher um lado e rematar para cima? Se os guarda-redes, invariavelmente, mergulham para um dos lados, por que não começar por treinar o remate para cima? É um princípio…

Para que mais madrugadas não sejam perdidas.