Só Jorge Jesus (JJ) poderá explicar por que jogou para empatar com o Sporting e encolheu a equipa numa ambição que a fez festejar como se tivesse sido campeã em Alvalade.
Invariavelmente, o treinador do Benfica reserva para os clássicos uma surpresa que acaba por limitar o futebol da equipa e dá sinais de medo ao adversário. Aconteceu com o posicionamento de André Almeida no meio-campo, junto a Samaris, e a tarefa atribuída a Jonas, de equilibrar a equipa na zona central.
JJ gosta de empreender estas jogadas em momentos especiais como se estivesse a dar sinal da sua perícia tática, mas os resultados muitas vezes têm sido duvidosos. Não foi o caso desta vez, em que quase se confirmou a famosa regra universal de “quem joga para empatar normalmente acaba por perder”. E o Benfica só não perdeu porque houve um balão, a seguir uma carambola e depois o remate fulminante de um jogador que até esteve para não jogar – tudo no último minuto.
Marco Silva, bem, Marco Silva foi igual a ele próprio: tinha um plano de jogo conhecido de todos e não o mudaria nem que o presidente o ameaçasse de despedimento (muito menos o alteraria nessas condições!). Esteve para ganhar, empatou, mas não está fora da luta. Aliás, Marco Silva só cometeu um erro, e foi já depois de o jogo ter acabado, quando afirmou que todos disseram que o Sporting já tinha estado fora da corrida. Todos, não, Jorge Jesus sempre disse que o Sporting é candidato ao título.