A questão nas eleições da FIFA é muito simples, demasiado simples: quanto é preciso gastar para chegar a presidente? Joseph Blatter é o homem das contas e tem-nas bem feitas desde 1998. Tanto que duas confederações (Ásia e África) que englobam 100 federações (100 votos) já lhe garantiram o apoio (entre elas Cabo Verde e a Guiné… Angola, Moçambique e Macau preferem não revelar o sentido de voto).
O que Luís Figo quer para a FIFA não é pouco: acabar com a corrupção. Mas essa é também a batalha dos outros desafiantes de Blatter. Champagne, Hussein, Van Praag, todos querem tornar o jogo mais limpo. Não é por aí que as eleições serão ganhas.
Figo precisa ser mais inovador e, acima de tudo, agir com rapidez. No festival de apoios de figuras inconsequentes não se tem saído mal, mas entre os congressistas eleitores isso pouco valerá a 29 de maio. Aí fazem-se outras contas.