José Maria Pedroto (JMP) foi campeão nacional com o FC Porto duas vezes, acabando com uma seca de títulos que durava há 19 anos. Venceu a Taça de Portugal cinco vezes, entre Boavista e FC Porto. O seu currículo foi demasiado curto para que se pudesse bater com o superpesado José Mourinho, nas votações do Centenário da FPF.
Mas JMP tem um legado: pensou uma revolta. Mais do que uma ideia para o futebol, tinha uma estratégia para emancipar o FC Porto da tristeza regional. Construiu um discurso, fabricou um código de motivação para dirigentes, futebolistas e adeptos, e partiu em cruzada. Da qual não voltou, vitimado pela doença, deixando aos soldados a glória das vitórias.
Foi Pinto da Costa (PC) quem regressou a casa vitorioso e multiplicou o “efeito Pedroto”. Hoje tem o título de presidente mais bem sucedido do futebol.
Trata-se de uma bela história, que dá um um filme (ou vários, havendo orçamento para isso).
Mais do que uma quina de ouro, JMP e PC justificariam o Oscar.