Primeiro, um esclarecimento: faço parte do grupo, julgo que muito alargado, daqueles que apreciam o futebol saído dos pés de Ricardo Quaresma.
Segundo, um sublinhado importante: aceito a argumentação daqueles que criticam a anarquia em que muitas vezes se transforma o futebol de Ricardo Quaresma, no qual só há números de magia e pouco compromisso com a equipa.
Posto isto, é com imensa satisfação que vejo 11 minutos “à Quaresma”, a suscitar o mais puro revivalismo ao Bola de Ouro FIFA, Cristiano Ronaldo, na expectativa por um cruzamento “meio-golo”.
Talvez Quaresma jamais possa vir a ser titular da Seleção Nacional – ainda para mais neste losango tão exigente – mas é evidente que Fernando Santos tinha boas razões quando abriu uma exceção na convocatória dos que são “titulares nos seus clubes”. É que Quaresma não precisa disso, bastam-lhe uns minutos. Mas não o apoquentem muito, porque ele já não tem idade para responder.