Portugal perdeu a organização da Ryder Cup'2018 para a França, “com toda a naturalidade”.
Num quadro de absoluta penúria, quando meia-Europa tem dó e a outra meia exige que definhemos na maior das pobrezas, uma comissão de iluminados, por acaso encabeçada pelo ministro que há um ano decretou o fim da crise – esse mesmo, o eng. Manuel Pinho dos “corninhos” na Assembleia da República – torrou 300 mil euros ao erário público para trazer para a Herdade da Comporta “a 3.ª competição mais impactante do Mundo, a seguir aos Jogos Olímpicos e ao Mundial” (sempre julguei que fosse o Mundial de Fórmula 1…).
Apesar das boas intenções – que permitiriam, dizem, um retorno financeiro de muitos milhões de euros e tornariam os tais 300 mil euros num bom investimento -, a organização da Ryder Cup foi agora atribuída formalmente à França, de Sarkozy, que não está para brincadeiras.
Faria algum sentido que, enquanto ele e os alemães entram com o dinheiro para os pobrezinhos, sejam os pobrezinhos a divertir-se com ryders cups, euros, candidaturas aos mundiais, etc. ?
Acabou-se, portanto, a festa, e isto foi só um princípio que não dói nada. Dá até para rir, o desespero do pessoal bem intencionado.