A três semanas das eleições do Sporting os seis candidatos a presidente dividir-se-iam em três escalões: 1.º – Dias Ferreira, pela escolha de Rijkaard; Godinho Lopes, por ter Carlos Freitas e Luís Duque; e Pedro Baltazar, com o apoio de Santana Lopes; 2.º – Bruno de Carvalho, pela clareza da palavra; 3.º – Abrantes Mendes e Zeferino Boal, ambos completamente vazios de ideias e de discurso errático.
Passada uma semana e com a vitória clara de Bruno de Carvalho no debate da SIC-Notícias, cimentada pelo inquérito online de Record – onde continua ainda e sempre à frente –, a hierarquia foi consideravelmente alterada. Carvalho é hoje de 1.ª Divisão e o mais sério candidato a ganhar as eleições sem ter apresentado um nome ou ter concretizado uma promessa: bastou-lhe a coerência do discurso para convencer adeptos e, simultaneamente, desorientar a concorrência.
Dias Ferreira perdeu o balanço que o anúncio de Frank Rijkaard lhe tinha dado, deixou inevitavelmente cair Futre, e encabeça hoje uma candidatura secundaríssima. Godinho Lopes não consegue descolar da imagem de candidato da continuidade, perdeu-se em excessos de linguagem, e encontra-se em grandes dificuldades. O maior adversário de Bruno de Carvalho é pois, nesta altura, Pedro Baltazar, que tem alguns problemas de comunicação, mas já mostrou ter um projeto sólido. A menos de duas semanas das eleições, o “quadro competitivo” ganhou novo arranjo: 1.ª divisão – Bruno de Carvalho e Pedro Baltazar; 2.ª – Dias Ferreira e Godinho Lopes; 3.ª – Abrantes Mendes. Zeferino Boal, como já era esperado, desistiu.