O jogador do Benfica, Nicolás Gaitán, arrancou na segunda-feira, às 8 horas, para Genebra, Suíça. Nesse dia era manchete do Record, depois do belo golo que marcou em Setúbal. Os jornalistas queriam falar com ele, fazer fotografias, torná-lo na figura do dia.
– Não posso, o Benfica não me deixa…
Chega a Genebra, metem-no no hotel da seleção argentina, a seguir vai ao treino. Sergio Batista, o treinador, diz que ele e Otamendi são chamados porque precisam de crescer. Mas ambos parecem fantasmas que vão pairando entre as vedetas.
No dia do jogo, têm vista privilegiada para o relvado, a partir do banco de suplentes. De onde não saem.
Otamendi escapuliu-se, mas Gaitán voltou a encontrar-se com os mesmos jornalistas no regresso a Lisboa e a conversa foi a mesma.
– Não posso, o Benfica não me deixa.
– Mas é para falar da seleção argentina!
– O Benfica não me deixa.
O Benfica não deixa Gaitán viver, triste sina a dele, definhar em Portugal, em vez de crescer.