1. 19h30, sharp! Jorge Jesus não falhou o início da conferência de imprensa. E começou a marcar pontos, ironicamente, dando a entender que o atraso de Rui Vitória, a responder aos jornalistas mais de meia-hora depois do previsto, significava medo. Comunicar é isto.

2. O treinador do Sporting gostaria de ter feito a rotatividade que os selecionadores da Costa da Rica, da Colômbia e da Argélia não lhe permitiram, para apresentar Ruiz, Gutiérrez e Slimani mais descansados. Os três tiveram grande peso nas duas vitórias já alcançadas sobre o Benfica e Jesus não vai brincar com coisas sérias: mesmo cansados, os melhores jogam.

3. Que mais poderia conter o discurso de Rui Vitória para além da palavra vencer, depois de duas derrotas? Até aqui viram-se três Benficas: o dos jogos com o Sporting; o da Liga; e o da Liga dos Campeões – e este até já ganhou com uma dupla de médios-centro constituída por André Almeida e Talisca, sinal de uma confiança que parecia inexistente. Qual dos Benficas vai aparecer em Alvalade? Vitória reza pelo de Madrid.

4. Fernando Santos mencionou os nomes de Benfica e Sporting para falar das suas opções nos jogos com a Rússia e o Luxemburgo. E não falou expressamente no FC Porto. Foi o suficiente para a inteligência portista fabricar uma birra pública. Mais do que sobrecarregar com tempo de jogo os internacionais do FC Porto, o que verdadeiramente irritou o portismo militante foi a preocupação pública centralista do selecionador. Há coisas que não mudam por muito que a máquina do tempo avance.

5. A FPF foi considerada uma das 14 federações limpas de corrupção pela Transparência Internacional (!). Ótimo. Eduquem-se agora os dirigentes para falar de futebol e gestão desportiva. Deixem a arbitragem aos árbitros.

6. Bruno de Carvalho não esquece os vouchers do Benfica, oferecidos a árbitros e observadores da Liga. É óbvio que a sua agenda é o Benfica, os insultos do FC Porto, no Algarve, são “pinners”.

7. As investigações policiais à atividade do Football Leaks são isso mesmo, uma ilusão, eclipsaram-se, não existem.