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Pinto da Costa só se sentiu verdadeiramente tão incomodado com um adversário, como o está a sentir-se agora, com Bruno de Carvalho, quando era presidente do Benfica Vale e Azevedo. O presidente do ..." /> — ler mais..

Pinto da Costa só se sentiu verdadeiramente tão incomodado com um adversário, como o está a sentir-se agora, com Bruno de Carvalho, quando era presidente do Benfica Vale e Azevedo. O presidente do ..." /> Semanada - Record
29 Outubro, 2014

A aliança LFV-PdC contra BdC

Pinto da Costa só se sentiu verdadeiramente tão incomodado com um adversário, como o está a sentir-se agora, com Bruno de Carvalho, quando era presidente do Benfica Vale e Azevedo.

O presidente do FC Porto tem medo de adversários com verbo fácil, capazes de encadear alguns slogans orelhudos, daqueles que os adeptos gostam.

“Pinto da Costa é um rufia” – disse o presidente do Sporting. Haverá frase mais percetível?

“Pinto da Costa encarna o clima de suspeição” – assumiu Vale e Azevedo. Tratava-se de uma asserção mais elaborada, mas não lhe faltava clareza.

E o que faz o líder portista quando começa a ver-se acossado? Pois, procura uma aliança. Tanto lhe serve que seja com o Sporting ou o Benfica. Desta vez é com o Benfica.

Depois das profundas diferenças que Luís Filipe Vieira sublinhou existirem entre ele e Pinto da Costa, é estranhíssimo esta aproximação. Ou não.

Sabendo-se o que esta Liga apadrinhada por Joaquim Oliveira – apesar da posição de princípio enunciada por Luís Duque quanto à centralização – quer fazer com os direitos televisivos e até possa ir em contramão aos interesses da BTV, parece que o presidente do Benfica nada sabe da história do futebol português.

Bruno de Carvalho conseguiu juntar Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira, mas não deve orgulhar-se disso, porque é muito provável que o Sporting venha a sentir em breve os efeitos da “força”. Luís Filipe Vieira sentiu-se patrão do futebol português e quis participar numa solução salvadora da Liga, com isso aconchegando Pinto da Costa.

Como isto tudo vai acabar já toda a gente sabe. Menos Luís Filipe Vieira.

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27 Outubro, 2014

Duque merece um período de carência

Entrou bem na Liga, o novo presidente, Luís Duque. Causa sempre boa impressão renunciar ao salário quando não há mais do que penúria para administrar. Bem jogado.

Embora haja muitas famílias desavindas porque os barões do futebol queriam um sportinguista presidente a todo o custo, para afrontarem Bruno de Carvalho, que, de tão reformador que é, até permitiu a eleição fantasma de Mário Figueiredo, julgo que Duque merece, como qualquer alma bem intencionada, um período de carência.

Vejamos do que é o novo presidente capaz na questão dos direitos televisivos. Basta isso para lhe tirar a radiografia. Voltarei ao assunto. Depressa, portanto.

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20 Outubro, 2014

Atenção, este texto não é sobre futebol

A notícia de que a enfermeira espanhola infetada com o vírus do ébola está em plena e esperançosa recuperação trouxe-me imediatamente à memória a intervenção de Bob Geldof num daqueles fóruns do G-qualquer coisa. 

Disse Sir Geldof que a diferença entre os habitantes da Libéria ou da Serra Leoa e a enfermeira espanhola é que eles são pobres, não têm cuidados de saúde, e ela vive num país rico. A diferença é que eles morrem e ela pode salvar-se. Não é porque o ébola seja aquela coisa mortífera, inacessível, mas porque tem de ser tratado. Se não for tratado em hospitais com meios, por profissionais habilitados, mata! 

Há coisas claras que os engravatados que só pensam na desditosa economia apenas entendem se forem ditas por um respeitável guedelhudo. Perceberam?! 

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16 Outubro, 2014

Quaresma à Quaresma

Primeiro, um esclarecimento: faço parte do grupo, julgo que muito alargado, daqueles que apreciam o futebol saído dos pés de Ricardo Quaresma.

Segundo, um sublinhado importante: aceito a argumentação daqueles que criticam a anarquia em que muitas vezes se transforma o futebol de Ricardo Quaresma, no qual só há números de magia e pouco compromisso com a equipa.

Posto isto, é com imensa satisfação que vejo 11 minutos “à Quaresma”, a suscitar o mais puro revivalismo ao Bola de Ouro FIFA, Cristiano Ronaldo, na expectativa por um cruzamento “meio-golo”.

Talvez Quaresma jamais possa vir a ser titular da Seleção Nacional – ainda para mais neste losango tão exigente – mas é evidente que Fernando Santos tinha boas razões quando abriu uma exceção na convocatória dos que são “titulares nos seus clubes”. É que Quaresma não precisa disso, bastam-lhe uns minutos. Mas não o apoquentem muito, porque ele já não tem idade para responder.

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12 Outubro, 2014

Basculação intermédia foi muito fraturante. Ou não

Fernando Santos identificou uma falha no movimento intermédio de basculação para explicar os maus 15 minutos iniciais de Portugal frente à França. Nem mais. Sem esse movimento bem feito, Cédric e Eliseu viveram movimentos aflitivos e não tivesse havido um acerto acima da média dos defesas centrais e o resultado ao intervalo podia ter sido outro.

Na verdade, esse foi um problema crítico para a Seleção, mas nasceu numa opção estratégica do selecionador, também ela muito arriscada: mudar o sistema, trabalhá-lo em menos de uma semana e apresentá-lo ao Mundo tipo “chave na mão”. 

O selecionador entendeu que a equipa estava a pedir um abanão. Chamou novos jogadores, recuperou outros e quis mudar o desenho tático. Dizem que foi muita coisa ao mesmo tempo para esperar resultados imediatos. Seja. Mas na Dinamarca não dá para falhar muito, a basculação tem de sair a preceito. Ou o melhor é voltar ao 4x3x3.

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3 Outubro, 2014

Bosingwa não foi chamado

A primeira convocatória de Fernando Santos permite identificar um critério: os jogadores escolhidos são todos titulares nas respetivas equipas. Todos? Bem, todos não. Há o caso de Ricardo Quaresma, esse irredutível génio que Julen Lopetegui vai tentando dobrar, com corretivos variados, desde curas de banco a desterros na bancada. Por alguma razão, o novo selecionador decidiu fazer de Quaresma uma exceção. Descobriremos mais tarde.

Quanto ao resto, nada de novo. Ou melhor, há uma surpresa relevante: Bosingwa não foi chamado. Assim vai a renovada Seleção Nacional, com defesas de 37 anos, craques do Dínamo Zagreb e transfugas do Mundial'2010 que não sabem o que querem da vida. 

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1 Outubro, 2014

José Mourinho e Rui Patrício outra vez

Marco Silva identificou em José Mourinho duas competências nas quais é declaradamente o n.º 1: liderança e comunicação. Bem visto. Mourinho conhece como poucos o significado de cada palavra dita, publicada, reproduzida à escala global. E também sabe o que vale cada atitude, dependendo do tempo em que é assumida, ou do espaço.

O cumprimento do treinador do Chelsea a Rui Patrício, no final do jogo da Liga dos Campeões, em Alvalade, fez mais pela cotação do guarda-redes do que o bom trabalho que fez dele um dos jogadores mais influentes do Sporting nas últimas épocas. Cada atitude de Mourinho tem um peso simbólico específico e se hoje em Inglaterra é destacada a exibição de Patrício frente em Chelsea, mais amplificada é a sua importância porque foi chancelada por José Mourinho.

Depois de o Happy One ter dado a entender na entrevista exclusiva publicada por Record que Rui Patrício não deve ter, nesta altura, grandes pretensões quanto a uma megatransferência internacional, a exibição de terça-feira e a saudação “special” no centro do terreno podem ter mudado o alinhamento dos astros no mercado.

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