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Rui Peres Jorge

Sobre Rui Peres Jorge

Rui Peres Jorge é jornalista da secção de Economia do Negócios e editor do “massa monetária”. Começou no Semanário Económico em 2002. É mestre em Economia Monetária e Financeira pelo ISEG e pós-graduado em Contabilidade Pública, Finanças Públicas e Gestão Orçamental pelo IDEFE/ISEG, duas das suas áreas de especialização em jornalismo. Conta com cursos de formação em jornalismo económico na Universidade de Columbia em Nova Iorque (Citi Journalistic Excellence Award, 2009) e em jornalismo no Committee of Concerned Journalists em Washington (Bolsa da FLAD, 2010). Ganhou vários prémios na sua área de especialização. Lecciona a cadeira de Jornalismo Económico na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica. Nasceu em 1977 e vive em Lisboa.

Descodificando o BCE: Qual a diferença entre (T)LTRO e QE

04/12/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge
Vítor Constâncio, vice-presidente do BCE, a 4 de Dezembro. Crédito: Martin Leissl, Bloomberg

Vítor Constâncio, vice-presidente do BCE, a 4 de Dezembro. Crédito: Martin Leissl, Bloomberg

 

Muito se tem falado nas últimas semanas sobre mais estímulos monetários por parte do BCE. Isso justifica-se pelo abrandamento económico na região e pela manutenção de taxas de inflação historicamente baixas (e a cair), que ameaçam o mandato do banco central, de garantir uma taxa de inflação próxima, mas inferior a 2%.

 

Se passar por artigos sobre os actuais debates de política monetária, facilmente concluirá que entre os principais e mais comentados instrumentos usados pelo BCE para injectar liquidez na zona monetária estão os LTRO, TLTRO e QE. Afinal o que significam e no que diferem?

 

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Consumo suporta recuperação frágil

14/11/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge

A economia portuguesa cresceu 0,2% no terceiro trimestre (1% em termos homólogos). Trata-se de uma evolução em linha com a média europeia, mas abaixo da expectativa de mercado, analisam os economistas que contribuem para a reacção dos economistas. A probabilidade de a economia crescer abaixo de 1% em 2014 aumentou e a procura interna continua a ajudar, provavelmente penalizando as contas externas.

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.

 

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Perplexidades e prioridades nas entrelinhas do FMI

11/11/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge
Crédito: Bruno Simão, Negócios                               Fotografia: Bruno Simão, Negócios

 

Subir Lall, o chefe de missão do FMI para Portugal, deu ao Negócios a primeira entrevista no contexto de monitorização pós programa (Os assinantes “online” podem ler aqui sobre contas públicas, BES, dívida e emprego, e ímpeto reformista, apenas para subscritores) na qual revela algumas perplexidades e prioridades. Destacamos quatro delas numa breve leitura comentada.

 

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FMI: Bancos precisam de um empurrão na reestruturação da dívida empresarial

10/11/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge
Crédito: Bruno Simão

Crédito: Bruno Simão, Negócios

 

É uma das ideias chave da entrevista de Subir Lall, o chefe de missão do FMI, publicada no Negócios – a primeira desde que a relação entre Portugal e o Fundo passou para um contexto de monitorização pós-programa. Entre as prioridades para Portugal escolhidas por Lall está a (mais) rápida reestruturação de dívida empresarial. Dela dependerá a capacidade do País regressar a uma trajectória de crescimento e a um modelo de crédito viável. Sem ela mesmo empresas viáveis cairão, avisa, esperando ver mais pressão dos reguladores.

 

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Mario Draghi: as afirmações da polémica

06/11/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge
Mario Draghi em Washington em Outubor de 2014. Fonte:  Andrew Harrer, Bloomberg

Mario Draghi em Washington em Outubor de 2014. Fonte: Andrew Harrer, Bloomberg

 

Depois de há uma semana ter dado conta de uma degradação das relações entre Mario Draghi e Jens Weinmann (pelos vistos o presidente do Bundesbank fugirá de Draghi como da peste), a Reuters avançou esta semana que vários governadores estarão a contestar a forma de liderança do presidente do BCE que, queixam-se, é pouco colegial.

 

Em causa estão afirmações surpresa de Mario Draghi que condicionaram a actuação do BCE a favor de uma política monetária mais expansionista, contra a vontade Weidmann, de vários governadores que se oporão à compra de activos pelo BCE, e contra a vontade de economistas de relevo na Alemanha.

 

Em particular, segundo a agência noticiosa, os governadores terão ficado incomodados com a referência a um indicador de inflação de médio prazo no já famoso discurso de Jackson Hole, no final de Agosto, nos EUA, o qual permite avaliar a distância a que o banco central está de cumprir o seu mandato de manter as expectativas de inflação perto, mas abaixo de 2%

 

A piorar o ambiente esteve a explicitação por Mario Draghi de uma meta indicativa para a expansão do balanço do BCE em 1 bilião de euros em dois anos, uma medida segundo a qual os programas de compras de activos começarão a ser medidos – e que muitos pensam que não será atingível sem comprar dívida pública – o que enerva anda mais Weidmann e companhia.

 

Mario Draghi contestou a ideia de que haveria um motim dentro do BCE levando quinta-feira para a conferência de imprensa do BCE uma posição comum do Conselho a favor da expansão do balanço em 1 bilião de euros, e a garantia de que há consenso em ir mais longe caso se revele necessário.

 

Os dois exemplos citados pela Reuters esta semana não são uma estreia na capacidade do Presidente do BCE surpreender o mundo e os seus colegas de Conselho. A garantia, em Julho de 2012, de que faria tudo o que fosse preciso para salvar a Zona Euro marcou um estilo do homem que chamam Super Mario. Vale a pena recapitular discursos e indicadores.

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