Arquivo mensal: Outubro 2011

O momento “Volcker” de Ben Bernanke


Colocado por: Pedro Romano

O presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, encontra-se em 2011 onde Volcker se encontrava em 1979: perante uma economia a desfazer-se e com as armas habituais (quase) completamente inutilizadas. A comparação é feita hoje no New York Times por Christina Romer, que defende uma nova abordagem à política monetária: trocar o “inflation targeting” por um “Nominal GDP targeting”. Ben Bernanke needs a Volcker moment, no NYT. Além disso, também estamos a ler:

 

2. More Thoughts on weaponized keynesianism, por Paul Krugman. O académico de Princeton discute a velha questão keynesiana: será que encher e tapar buracos é mesmo bom para a economia? E o raciocínio aplica-se às despesas militares? (no The Conscience of a Liberal)

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O que vale mais meia hora?

28/10/2011
Colocado por: Pedro Romano

O “game changer” que o FMI propôs (descida da TSU) foi substituído por uma medida de efeitos mais limitados (mais meia hora de trabalho por dia). A justificação oficial de Vítor Gaspar, elaborada em entrevista recente ao Negócios, é que “a medida (…) é particularmente importante para os sectores da indústria transformadora, para exportadoras, para actividades que, em Portugal, se possam expandir, neste período, porque podem responder à procura externa”. Mas os resultados do inquérito de conjuntura publicado ontem pelo INE parecem dar razão aos que se têm mostrado cépticos em relação à medida.

Cimeira abriu o caminho a uma recessão de grande dimensão


Colocado por: Rui Peres Jorge

A Cimeira deste semana evitou que a bomba que pendia sobre a Zona Euro explodisse nos próximos dias e isso é uma vitória. Mas à medida que as horas passam sobre os resultados anunciados na madrugada de quinta-feira, fica cada vez mais claro que estamos muito longe de uma solução credível de médio longo prazo para a crise europeia. Richard Baldwin, no Vox, faz uma análise aos pontos fortes (reestruturação grega, sinal de empenho no reforço do capital dos bancos e uma maior capacidade do FEEF de dar cobertura politica à actuação do BCE) e fracos (demasiada pressão sobre os bancos o que forçará um choque de crédito e austeridade acrescida Itália e Espanha – ambas conduzirão a uma recessão maior) do pacote apresentado esta semana. Em síntese, diz Baldwin, os líderes europeus evitaram que a bomba explodisse, mas abriram caminho a uma recessão de grandes dimensões em 2012. Para Portugal isto significa que, muito possivelmente, o risco de reestruturação aumentou – uma possibilidade admitida por vários economistas ouvidos pelo Negócios. Além disto, estamos também a ler:   

 

1. Vamos ter mais cimeiras em breve, diz a The Economist

 

2. Os líderes estão a decidir em torres de marfim e o BCE tem de ser chamado, escreveu De Grauwe ainda antes da cimeira (VOX)

 

3. O sistema de seguro sobre risco de incumprimento não vai funcionar, avisa Gros (VOX)

 

4. Mais do mesmo, lamenta Guido Tabellini (VOX)

 

5. “Um copo meio cheio” de Guntram Wolf é uma das análises mais optimistas à Cimeira (Bruegel)

 

6. Nuno Teles defende que foi um “péssimo acordo” (Ladrões de Bicicletas)

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