Arquivo mensal: Março 2014

“Os funcionários públicos não vão ter uma retribuição inferior àquela que têm hoje”

26/03/2014
Colocado por: Catarina Almeida Pereira

Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, garantiu esta quarta-feira, 26 de Março, que os funcionários públicos não terão, em qualquer caso, uma diminuição da retribuição que recebem.

 

 

“O nosso princípio e a nossa estratégia é esta: os funcionários públicos não vão ter uma retribuição inferior àquela que têm hoje, se houver necessidade de haver substituição de medidas, ela não vai implicar um agravamento em termos de redução salarial face àquilo que está hoje em vigor”, reforçou o líder Parlamentar do PSD, citado pela agência Lusa.

O que há em comum entre a promoção da natalidade e o despedimento de grávidas?

20/03/2014
Colocado por: Catarina Almeida Pereira

 

Três semanas depois de ter eleito a natalidade como prioritária nas políticas a aplicar, Passos Coelho assumiu que quer discutir com os parceiros sociais a redução das indemnizações por despedimentos ilícitos. No primeiro caso falava o presidente do PSD. No segundo caso falou o primeiro-ministro.

 

Entre as duas intenções há potenciais conflitos: o despedimento injustificado de grávidas é ilegal e, por enquanto, custa bem mais caro às empresas. 

Montepio revê em baixa previsão de inflação para o ano

12/03/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge

A inflação homóloga regressou a terreno negativo em Fevereiro.
Transportes, vestuário e calçado deram os principais contributos para a
inflação negativa registada em Fevereiro, analisa José Miguel Moreira,
economista do Montepio, que revê a projecção de inflação para 2014 de
0,6% para 0,3%. Filipe Garcia, da IMF, destaca que a eficácia da
inflação baixa em Portugal a gerar ganhos de competitividade pelos
preços para o país é mitigada pelo facto de toda a Zona Euro estar
também com inflação baixa.

 

Nota
do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do
Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos
gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP
(Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições
menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios
trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
  

Investimento anima, consumo público alarma

11/03/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge

A economia portuguesa cresceu 1,7% em termos homólogos no último trimestre do ano.
Filipe Garcia, da Informação de Mercados Financeiros, diz que são bons
resultados e evidencia o desempenho positivo do investimento. A equipa
de economistas do NECEP, da Universidade Católica, considera o regresso
do crescimento do investimento como a melhor notícia dos dados
divulgados pelo INE. Paula Carvalho, do BPI, e José Miguel Moreira do
Montepio destacam além do investimento, o bom desempenho das
exportações, como o economista do Montepio a salientar que há sinais
animadores quanto à sustentabilidade da recuperação do investimento. Vários economistas evidenciam também o aumento do consumo público, o qual é
influenciado pelo aumento do número de horas trabalhadas no Estado de 35
para 40 horas. Ainda assim fica o aviso: se o consumo estiver a
aumentar por outras razões, o objectivo de défice será mais difícil de
cumprir.

 

Nota
do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do
Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos
gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP
(Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições
menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios
trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
  

 

 

BCE versus FMI e os receios da deflação

06/03/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Perante uma inflação homóloga de 0,8% na região, o cenário de quatro anos afastado da sua meta de inflação “abaixo, mas próximo de 2%”, e uma taxa de desemprego nos 12% – quase o dobro da norte-americana – o BCE optou ontem por não tomar qualquer medidas de estímulo monetário adicional. O argumento central do BCE é o de que está em curso apenas um processo natural de ajustamento de preços no rescaldo de uma das maiores crises financeiras da história, o qual tem sido influenciado por alguns factores externos temporários, pelo que não se justifica uma actuação mais enérgica.

 

As opções em Frankfurt contrariam no entanto um número cada vez mais visível de especialistas que vêm avisando para os riscos quer de deflação, quer de inflação muito baixa por um longo período de tempo na Zona Euro. Ontem o tema voltou a marcar a reunião mensal do BCE. Draghi teve de responder a um “post” publicado esta semana por economistas do FMI – incluindo o director do departamento Europeu – que defendiam a urgência do BCE actuar, e explicar a uma jornalista japonesa, que acompanha o Banco de Japão há 15 anos, que lições é que o BCE tira deflação nipónica e porque que não actua de forma preventiva contra risco de deflação.

 

Dada a importância desta questão, em especial para os países da chamada periferia da Zona Euro, vale a pena recuperar argumentos e contra-argumentos.