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Rui Peres Jorge

Sobre Rui Peres Jorge

Rui Peres Jorge é jornalista da secção de Economia do Negócios e editor do “massa monetária”. Começou no Semanário Económico em 2002. É mestre em Economia Monetária e Financeira pelo ISEG e pós-graduado em Contabilidade Pública, Finanças Públicas e Gestão Orçamental pelo IDEFE/ISEG, duas das suas áreas de especialização em jornalismo. Conta com cursos de formação em jornalismo económico na Universidade de Columbia em Nova Iorque (Citi Journalistic Excellence Award, 2009) e em jornalismo no Committee of Concerned Journalists em Washington (Bolsa da FLAD, 2010). Ganhou vários prémios na sua área de especialização. Lecciona a cadeira de Jornalismo Económico na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica. Nasceu em 1977 e vive em Lisboa.

Apresentamos-lhe Jens Weidmann, o homem que faz frente a Draghi

19/01/2016
Colocado por: Rui Peres Jorge

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2016 começou com mais um dado de inflação na Zona Euro teimosamente baixo. Dadas as garantias de Mario Draghi no final de Dezembro de que está preparado para fazer ainda mais para puxar pela inflação (e a discussão na última reunião de governadores nesse sentido) parece inevitável um renovado debate sobre a eficácia dos estímulos do BCE, provavelmente já na reunião desta quinta-feira. E nessa troca de argumentos, como em vários outros no passado, há um homem que se vai destacar por fazer frente a “super-Mario”: Jens Weidmann, o presidente do banco central alemão.

 

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BCE tira tapete a Carlos Costa… pela terceira vez

14/01/2016
Colocado por: Rui Peres Jorge
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Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal. Crédito: Bruno Simão, Negócios

 

Como destacamos no Negócios, Carlos Costa ficou isolado na polémica decisão de final de 2015 de impor perdas a uma selecção de detentores de obrigações sénior do Novo Banco (para assim melhorar os rácios de capital da instituição que quer vender em 2016). O Governo diz que está contra; o BCE que nada teve a ver com o assunto. É a terceira vez que, em momentos chave para a estabilidade financeira nacional, o BCE se afasta das decisões e posições do Banco de Portugal.

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Como o Banif absorveu o equiparável ao “enorme” aumento de IRS de 2013 (Act.)

13/01/2016
Colocado por: Rui Peres Jorge

Banif

(Post actualizado para corrigir que, afinal, a capitalização pública já descontava os 150 milhões de euros supostamente pagos pelo Santander pelo Banif. Ou seja, como noticiámos depois no Negócios em primeira mão, face ao que se julgava, a intervenção custou mais 150 milhões de euros)

A resolução do Banif, decidida no final do ano, foi uma amarga surpresa de Natal para os contribuintes. Após a promessa solene a nível europeu e nacional de que os contribuintes ficariam defendidos dos problemas na banca, eis que os portugueses foram chamados a contribuir com cerca de três mil milhões de euros (uma parte poderá ser recuperada, veremos em baixo), um valor que acrescerá à dívida pública nacional e passará a devida factura de juros. O Banif exige qualquer coisa como o equivalente a um ano da receita gerada pelo “enorme aumento” de IRS decidido para 2013 (que rendeu anualmente qualquer coisa como 2,8 mil milhões de euros). E isto sem contar com os 825 milhões de euros injectados no banco em no final de 2012 e que agora também se evaporaram. Como é que isto nos aconteceu?

 

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Fed e BCE em divergência: veja as diferenças

17/09/2015
Colocado por: Rui Peres Jorge

Enquanto o BCE admite continuar a comprar dívida pública para lá de 2016 reagindo à fragilidade da recuperação, nos EUA a Reserva Federal pondera voltar a subir juros, quase 10 anos depois do último aumento, e um ano após ter terminado o seu programa de compra de dívida. A divergência entre os dois lados do Atlântico reflecte realidades muito distintas no balanço dos bancos centrais (o reflexo de abordagens diferentes à crise) e no desempenho económico dos dois blocos. Veja as diferenças em oito gráficos que resumem os dilemas da Fed e os desafios do BCE.

 

1. Fed mais agressiva na resposta à crise

 

Juros Fed e BCE

Fonte: FRED e BCE

 

Entre Agosto de 2007 e Dezembro de 2008 a Reserva Federal baixou a taxa de juro central de 5,25% para 0%, mantendo-a nesse valor desde então. Já o BCE cortou menos na taxa de juro, chegou a subi-loas em 2011, e só atingiu o “0” já no final de 2014. Foi também nessa altura que se preparou para iniciar o seu programa de compra de dívida pública (operação conhecida por “quantitative easing”) – algo que a Fed tinha iniciado logo em 2008 e manteve até 2014.

 

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Investimento dá alento à recuperação

29/05/2015
Colocado por: Rui Peres Jorge

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O Produto Interno Bruto (PIB) português cresceu 1,5% no primeiro trimestre de 2015, com um desempenho positivo do investimento. Os economistas da Universidade Católica identificam uma “sinal robusto de recuperação do investimento”. Paula Carvalho do BPI fala em “evolução muito positiva”. Filipe Garcia da IMF diz que “não se deve menosprezar o desempenho do sector exportador”. E José Miguel Moreira espera uma aceleração da actividade económica no resto do ano. Previsões de crescimento para 2015 estão agora entre 1,5% e 2%.

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.

 

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