Mercados flexíveis são solos mais férteis para a austeridade
Prossegue no Vox o debate em torno de política orçamental e austeridade. Em Fiscal Consolidation in reformed vs unreformed labour markets, Alessandro Turrini argumenta que o impacto da austeridade no emprego é, de forma contra-intuitiva, maior em países com mercados laborais fechados. O economista da Comissão Europeia conclui que a consolidação orçamental tem assim melhores possibildiades de sucesso se for simultaneamente acompanhada de liberalização do mercado de trabalho. Além disso, também estamos a ler:
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Mais dores de cabeça com o défice estrutural?
O saldo estrutural é um daqueles conceitos que sempre habitaram mais os corredores da Academia do que as mesas dos decisores de política económica. Recentemente, porém, foi elevado pela União Europeia a critério decisivo para avaliar a sustentabilidade orçamental dos Estados europeus. Segundo o Fiscal Compact (Pacto Orçamental, numa tradução livre), os países europeus têm de garantir que o saldo estrutural tem estar permanentemente próximo do equilíbrio, pondendo, no limite, registar um défice estrutural de 0,5% do PIB.
LTRO ou compra directa de obrigações?
LTRO, bond purchases or both? (Jason Rave, Macro Matters). Neste post, Rave defende que os LTRO do BCE são um mecanismo ineficiente de atingir os objectivos que poderiam ser atingidos através da compra directa de obrigações públicas. Além disso, também estamos a ler:
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Espanha no centro do mundo
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Era uma vez um desvio colossal
Já muita gente não se lembra, mas em Julho de 2011 o primeiro-ministro marcou a sua primeira ida ao Parlamento com o anúncio de uma taxa sobre o subsídio de Natal. O argumento: teria sido encontrado um desvio nas contas de 2011, depois da publicação das contas nacionais do primeiro trimestre, as primeiras do ano a revelar as contas públicas numa base “accrual”. O episódio ficou conhecido como o caso do desvio colossal. Em retrospectiva, é claro que as justificações dadas não colam com os números conhecidos.