Procura externa abranda, mas economia continua a recuperar
Segundo publicou hoje o INE, a economia portuguesa continua em contracção face a 2012, mas voltou a registar um crescimento em cadeia entre Julho e Setembro (0,2%).
Para Rui Bernardes Serra, economista chefe do Montepio, “apesar desta
estimativa do INE ter ficado aquém das nossas expetativas, continuamos a
considerar que, de um modo geral, os sinais das nossas estimativas
estão corretos”, continuando a apostar numa quebra de 1,6% do PIB para
este ano. Ligeiramente abaixo da previsão do Governo (-1,8%). Os
economistas do NECEP da Universidade Católica não têm dúvidas: “De
facto, os sinais positivos são inequívocos.” Já Filipe Garcia, do IMF,
avisa que os riscos nos próximos trimestres estão relacionados “com a
aplicação do Orçamento 2014, com ou sem alterações que decorram do
Tribunal Constitucional, que pode influenciar negativamente a procura
interna”.
Portugal enfrenta dois anos de mínimos históricos na inflação
A inflação em Portugal regressou a terreno negativo. Filipe Garcia, da Informação de Mercados Financeiros, explica que os preços dos transportes (muito influenciados pelos combustíveis e lubrificante) estão a ser decisivos para a evolução dos preços. A inflação média está em terreno positivo, mas deve continuar a cair “pelo menos até final do ano”, diz o economista. José Miguel Moreira, do Montepio, aponta para que, no final do ano, a inflação média (medida pelo índice harmonizado europeu) fique nos 0,5% este ano, subindo ligeiramente para 0,8% em 2014. A confirmar-se serão valores que serão os segundos mais baixos “desde que existem registos”, apenas superados “pela queda de 0.9% registada em 2009, depois do colapso dos preços do petróleo”. Finalmente, Paula Carvalho do Banco BPI, aponta os prós e os contras da inflação baixa: por um lado, alívia as famílias de aumentos de preços e facilita ganhos de competitividade externa, mas por outro, significa que a economia crescerá menos, dificultando a desalavancagem da economia.
Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Chumbo do Constitucional terá puxado pelo PIB
A economia portuguesa cresceu 1,1% em cadeia no segundo trimestre e superou todas as previsões. Filipe Garcia, da Informação de Mercados Financeiros, diz que são bons resultados mas avisa para impactos negativos dos impactos da austeridade de 2014. Rui Bernardes Serra, do Montepio, identifica cinco factores que terão ajudado a economia a crescer e entre eles está o Chumbo do Tribunal Constitucional.
Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Desemprego surpreende pela positiva e não foi apenas a sazonalidade
A taxa de desemprego baixou para os 16,4% no segundo trimestre,
surpreendendo pela positiva. Paula Carvalho, do BPI, vê “sinais
positivos” e diz que a redução não é explicada apenas pela sazonalidade.
Filipe Garcia, da Informação de Mercados Financeiros também lê nos dados do INE uma “melhoria das condições de base do mercado de trabalho”.
Nota
do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do
Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos
gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP
(Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições
menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios
trabalha e que agora fica também ao seu dispor.
Empresários menos pessimistas sobre o investimento
Depois de uma forte queda em 2012, empresários esperam novo recuo este ano, embora menor
que em 2012. Os dados do inquérito semestral do INE aos empresários
apontam para um recuo puxado essencialmente pela PME. Filipe Garcia, da
IMF, analisa que “o investimento apenas poderá ter um comportamento mais positivo perante perspetivas de aumento da procura, sobretudo das PME”.
Nota
do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do
Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos
gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP
(Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições
menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios
trabalha e que agora fica também ao seu dispor.