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Filomena Lanca

Sobre Filomena Lanca

Filomena Lança é redactora principal do Negócios onde escreve regularmente sobre questões de fiscalidade e justiça. Nasceu em 1968 e é jornalista desde 1996, tendo começado na profissão na revista Visão. Fez parte da equipa fundadora da Focus. Passou depois pelo Semanário Económico e desde 2006 que integra a redacção do Negócios. Licenciada em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa, realizou o curso de Formação Geral para Jornalistas, do CENJOR.

Ora bolas!

19/07/2012
Colocado por: Filomena Lanca

 

Ora bolas!
[para destacar ao início] A partir de Julho, que é quando os turistas chegam em força, vendem-se, em média, 4.000 por dia. Em Agosto, o número dispara para as 7.000. Juntando os restantes meses do Verão, são 465.000 bolas por ano, mais coisa menos coisa. O que dará um simpático volume de facturação na ordem dos 550 mil euros.
Há 40 anos um jovem casal de uma aldeia piscatória da costa algarvia, onde ainda mal começavam a chegar os turistas, fundou um pequeno e inovador negócio de bolas de berlim. Com creme e sem creme, que nessa altura a ASAE ainda não palmilhava ainda os areais. O negócio foi crescendo, ao mesmo ritmo a que todos os anos iam chegando os banhistas, e as bolas de berlim, que começaram por povoar o sotavento algarvio, estenderam-se ao barlavento e depois ao resto do país e acabaram por se tornar num símbolo dos verões portugueses.
Quanto ao jovem casal, lá foi fazendo as suas bolas, de Abril a Outubro e, adaptando-se às novas formalidades legais, garantiu a concessão para três extensos areais.
Tiveram dois filhos, um rapaz e uma rapariga, e trataram de lhes ensinar a sua arte. Depois vieram os netos, que apesar de ainda jovens, se juntaram também já ao negócio.
A receita é simples. Ovos, farinha, manteiga, açúcar (muito), óleo para fritar. E todos os dias, a partir das duas da manhã, lá está a família a preparar as bolas que, na manhã seguinte, serão distribuídas pelos turistas. Distribuídas, é como quem diz, que este ano cada uma custa 1,20 euros. 
São mais 20 cêntimos que no ano passado, mas isso não desencoraja os banhistas. As contas são simples e têm muitos dígitos: A partir de Julho, que é quando os turistas chegam em força, vendem-se, em média, 4.000 por dia. Em Agosto, o número dispara para as 7.000. Juntando os restantes meses do Verão, são 465.000 bolas por ano, mais coisa menos coisa. O que dará um simpático volume de facturação na ordem dos 550 mil euros. 
O avô e a avó já não trabalham, mas ainda supervisionam as bolas. Quanto ao resto da família, passa agradáveis e amenos Invernos, que o trabalho de Verão é duro. Duro, mas rentável.

 

Há 40 anos um jovem casal de uma aldeia piscatória da costa algarvia, onde ainda mal começavam a chegar os turistas, fundou um pequeno e inovador negócio de bolas de berlim. Com creme e sem creme, que nessa altura a ASAE ainda não palmilhava ainda os areais. 

Pendências: a grande praga chegou à arbitragem

06/07/2012
Colocado por: Filomena Lanca

Os tribunais arbitrais, meios de resolução de litígios alternativos aos tribunais, a solução para quem espera e desespera à espera da decisão de um juiz, começam também já a acusar os efeitos da acumulação de novos processos. Segundo os números divulgados esta semana pelo Ministério da Justiça, entre 2006 e 2011, verificou-se um aumento dos processos pendentes de 39,5%. E isto tendo em conta que as mesmas estatísticas indicam que no mesmo período o aumento de processos entrados foi de 8,4%.

 

Totonegócio: Onde é que está o gato?

16/03/2012
Colocado por: Filomena Lanca

Ontem, num volte-face inesperado, a Federação Portuguesa de Futebol veio anunciar ao País que vai assumir uma dívida de 13 milhões de euros dos clubes de futebol, correspondente à segunda tranche do Totonegócio, apurada no final de 2010 e já em execução fiscal.O que a levou a passar uma borracha sobre todos os argumentos que vem, há vários anos, a esgrimir em tribunal?

Vai a tribunal? São 29 meses, se faz favor

15/11/2011
Colocado por: Filomena Lanca

Com sorte, são 29 meses. É essa, pelo menos, a média para um processo na justiça cível. Dois anos e meio, portanto, que podem facilmente inflacionar se forem utilizados todos os recursos e outros expedientes delatórios que a Lei portuguesa permite.

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Quem vai pagar as insolvências de quem já está insolvente?

15/09/2011
Colocado por: Filomena Lanca

Já não têm bens que possam ser penhorados e por isso o seu nome foi inscrito numa lista público, a que qualquer um pode aceder pela Internet. Agora, o Governo quer também que, a partir do momento em que entrem para a lista, fiquem sujeitos a um processo de insolvência. Os juízes dizem que sim, que até concordam, mas lançam o alerta: e quem é que paga a despesa? Não serão os próprios, certamente, já que é o próprio Estado a reconhecer que estão falidos.

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