António José Seguro foi eleito para a liderança do PS com 67,98% dos votos dos militantes, em eleições directas (segundo os votos apurados até agora e que são praticamente todos). Ganhou em linha com as sondagens, mas Francisco Assis, o seu único opositor, conseguiu 32,02%, “o melhor resultado que um ‘challenger’ já teve”, como os seus apoiantes se apressaram a afirmar. E estas terão sido mesmo umas das eleições mais renhidas. Em Março, nas últimas directas, José Sócrates obtivera uma esmagadora maioria de 93,3%, apenas um pouco menos que os 96,4% de 2009, mas em ambos os casos era já primeiro-ministro e foi a votos sem opositores.
O PS começou a escolher o seu secretário-geral através de eleições directas em 1994. Desde então, foram eleitos três líderes: António Guterres, Ferro Rodrigues e José Sócrates. Os dois primeiros conseguiram sempre resultados acima dos 90%, umas vezes por pura e simplesmente não terem opositores e outras porque do outro lado estavam nomes pouco sonantes no interior do partido. Em 2004, quando chegou à liderança, Sócrates ganhou a Alegre e a Soares com 81,74%.
67,98% é, agora, o número de António José Seguro e será com ele ao leme que os socialistas se preparam para fazer a sua travessia do deserto como oposição, tendo como pano de fundo o inevitável memorando assinado com a troika pelo próprio PS.
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