Os gregos deverão escolher um novo governo a 25 de Janeiro. À frente nas sondagens (mas por pouco) vai o Syriza, de Alexis Tsipras, um partido de esquerda anti-austeridade e anti-troika. Em segundo lugar está a Nova Democracia, liderada por Antonis Samaras, o partido que desde 2012 (após vitória tangencial sobre o Syriza) conduz os destino gregos e as negociações com a troika de credores, recusando uma estratégia de choque com FMI, BCE e Comissão Europeia.
A Grécia foi o primeiro país da Zona Euro a ficar excluido dos mercados e a recorrer a um programa de assistência financeira da troika em Maio de 2010 – solicitado na altura pelos socialistas do PASOK, que ganharam as eleições de Outubro de 2009 para revelarem no final desse ano que, afinal, o défice orçamental grego desse ano não ficaria nos cerca de 6,7% projectados pela Comissão Europeia com base em dados do anterior governo, mas seria de 12,7% (foi de mais de 15% do PIB). A partir daí a crise saltou de nível e um ano e meio depois Portugal pedia o seu próprio resgate.
Cinco anos volvidos, contam-se vários planos de austeridade, a maior reestruturação de dívida pública da história, muitas promessas e expectativas goradas entre duras negociações com a troika e uma economia colapsada. Os gregos vão a votos no final do mês, ainda sem um acesso aos mercados garantido, mas com a perspectiva de uma ligeira recuperação após o furacão. Aqui fica um retrato da economia grega nos últimos anos.