Arquivo mensal: Outubro 2012

O silêncio português e a escolha de vencedores na Europa

23/10/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

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Francois Hollande,presidente francês (esquerda), Mario Monti, primeiro ministro italiano (centro) e Enda Kenny, primeiro ministro irlandês na Cimeira da semana passada. Fonte: Jock Fistick/Bloomberg

 

Ao contrário de Portugal e Espanha, a Irlanda poderá vir beneficiar de recapitalização retroactiva dos seus bancos, depois de receber o apoio da Alemanha e da França. É um caso especial diz o eixo-franco alemão para gáudio irlandês como descreve o Público. A posição chega poucas semanas deppois de se saber que, em nome da transmissão da política monetária, o BCE poderá comprar obrigações de Espanha e Itália, mas não de Portugal e Irlanda. E em todo caso provavelmente antes de Irlanda do que de Portugal. No meio disto, o Governo português permanece em silêncio em Portugal e pelo vistos nas próprias negociações. Fica por perceber se a Europa escolhe vencedores na luta contra a crise (como afirma um responsável irlandês) como o faz. e qual a estratégia nacional. Além disso, estamos também a ler: 

Europa partida ao meio

19/10/2012
Colocado por: Catarina Almeida Pereira

O dia 14 de Novembro deixou de ser apenas o dia da greve da CGTP. Espanha e Grécia vão juntar-se, numa greve geral conjunta internacional. Esperam-se protestos noutros países.

 

 

Há vários meses que o Sul da Europa enfrenta problemas semelhantes, mas esta é a primeira vez que os sindicatos se coordenam. A iniciativa é patrocinada pela diplomática Confederação Europeia de Sindicatos (CES).

 

 

Em Maio, em entrevista ao Negócios, o presidente da CES, também secretário-geral da espanhola Comisiones Obreras (CCOO), explicava porque é que é difícil coordenar iniciativas conjuntas a nível europeu:

 

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OE não bate certo: há impostos a mais e corte de despesa a menos

18/10/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

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Num mês o Governo apresentou três versões diferentes do pacote de ajustamento orçamental para 2013: uma no início de Setembro enviada a investidores; uma segunda a 3 de Outubro após o recuo da TSU; e a última a 15 de Outubro com o Orçamento do Estado. Entre o plano acordado com a troika em Setembro e a actual versão há mais 600 milhões de euros de austeridade. Um aumento de 9,6% sem explicação evidente. Por exemplo, entre as duas últimas versões (ambas já em Outubro e sem “o problema” da TSU), apareceram mais 300 milhões de euros nas contas dos sacrifícios pedidos aos portugueses.

 

Talvez ainda mais interessante para analisar o espectáculo mediático e político sobre despesa e impostos que se montou nos últimos dias na coligação governamental, seja o facto de, com as alterações introduzidas o Governo ter desistido de cortar centenas de milhões de euros na despesa pública, carregando no aumento da carga fiscal, como se resume no gráfico.

Quem se responsabiliza pelas simulações de IRS no Governo?

17/10/2012
Colocado por: Elisabete Miranda

Ao que parece, as simulações ontem distribuídas por Miguel Relvas, Ministro dos Assuntos Parlamentares, aos deputados e hoje difundidas por alguns órgãos de comunicação social, contêm vários erros. A Lusa faz um enunciado dos mesmos, com base numa análise sistemática à metodologia seguida pelo Governo, feita pela PwC.

 

 

 

Gaspar meteu os pés pelas mãos nos multiplicadores do FMI?

16/10/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

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Christine Lagarde, em Tóquio, nas reuniões anuais do FMI Fonte:Tomohiro Ohsumi/Bloomberg
 

 

Continua a polémica em torno dos multiplicadores orçamentais a partir das conclusões do FMI que apontam para que, no actual contexto, a austeridade roube mais ao crescimento do que se pensava – ou pelo menos do que o FMI pensava. As declarações desta semana do ministro das Finanças na apresentação do Orçamento do Estado foram ricas para alimentar o debate. A análise às declarações do ministro não lhe são favoráveis. Gaspar tem razão em defender que o FMI não advogou um alívio da austeridade em Portugal, mas falha em quase tudo o resto. O FMI defende que já suavizou as metas em Portugal nesta revisão (em linha com as conclusões a que chegou) e considera que os novos resultados moldam as suas recomendações (não não foi Paul Krugman a abusar de Olivier Blanchard e Lagarde).