Arquivo mensal: Outubro 2012

Gaspar já cortou 930 milhões na Educação

16/10/2012
Colocado por: Nuno Aguiar

Ministro reconhece que Portugal “investiu de forma muito generosa” na sua educação Fonte: Bloomberg

 

 

Na conferência de imprensa de ontem, Vítor Gaspar desviou a pergunta sobre a sua saída do Governo dizendo:

 

Pela minha parte, a minha participação no Governo tem como único propósito retribuir ao País o enorme investimento que o País colocou na minha educação. A minha educação foi extraordinariamente cara e Portugal investiu na minha educação de forma muito generosa durante algumas décadas. É minha obrigação estar disponível para retribuir essa dádiva que o País me deu (…) Não tenho qualquer espécie de outra motivação.

Na melhor das hipóteses, a dívida ainda será demasiado elevada em 2030

15/10/2012
Colocado por: Nuno Aguiar

Se tudo correr pelo melhor, a dívida pública portuguesa continuará a ser demasiado elevada dentro de 17 anos. A conclusão é da Comissão Europeia no relatório da quinta avaliação do programa de ajustamento nacional. Segundo a actualização das estimativas de evolução do endividamento, mesmo que a economia cresça a uma média de 3% ao ano – mais um ponto percentual que o cenário base – em 2030, a dívida pública ainda estará próxima dos 80% do PIB. Bem acima dos limites exigidos aos estados-membros da União Europeia.

Miguel Relvas quer reduzir freguesias mas falhou logo na terra natal

14/10/2012
Colocado por: Bruno Simões

 

Miguel Relvas no Parlamento. Fonte: Bruno Simão/Negócios

 

A reforma das freguesias foi idealizada por Miguel Relvas e está em marcha: até à próxima segunda-feira, os 308 municípios têm de enviar uma proposta, para uma unidade técnica que funciona na Assembleia da República, em que propõem a redução que se deve fazer no município. A lei tem critérios quantitativos – leia-se percentagens mínimas de redução – que devem ser observados nessa proposta. Mas os protagonistas da reforma foram os primeiros a desrespeitá-la.

Multiplicadores orçamentais: erros que custam caro

12/10/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

 

Vítor Gaspar nas reuniões anuais do FMI em Washington no ano passado Fonte: Joshua Roberts/Bloomberg

 

Uma pequena caixa no último relatório semestral do FMI sobre a economia mundial (Box 1.1 do World Economic Outlook) causou impacto um pouco por todo o mundo. Olivier Blanchard, economista-chefe do Fundo e Daniel Leigh, também economista em Washington, confirmam um cenário temível: durante a Grande Recessão (desde 2007) os efeitos da austeridade sobre o crescimento têm sido muito superiores ao que se assumia até agora. São erros que custam caro. Que o diga Portugal que experimentou uma subida dramática do desemprego no último ano, contrariando todas as previsões da troika e do Governo.

O Orçamento mais bélico de sempre


Colocado por: Nuno Aguiar

Do napalm aos alicates, as medidas inscritas no Orçamento do Estado para 2013 provocaram reacções violentas de várias áreas do espectro ideológico. As metáforas bélicas foram o modo de ilustração preferido de políticos, economistas e comentadores.

 

António Bagão Félix, antigo ministro das Finanças

 

A ideia que se dá ao País é que não vale a pena investir no futuro, no trabalho, na dedicação, no profissionalismo, no êxito, no sucesso. Não, não vale a pena. Porque, a partir de uma determinada altura, é um napalm fiscal, arrasa tudo. É devastador.”

 

O que nós estamos em presença é de um terramoto fiscal. A única dúvida é, na escala de Richter, se é 7, que é destruidor; se é 8, que é devastador. Porque isto dá cabo da economia.