Arquivo mensal: Abril 2012

Era uma vez um desvio colossal

13/04/2012
Colocado por: Pedro Romano

Já muita gente não se lembra, mas em Julho de 2011 o primeiro-ministro marcou a sua primeira ida ao Parlamento com o anúncio de uma taxa sobre o subsídio de Natal. O argumento: teria sido encontrado um desvio nas contas de 2011, depois da publicação das contas nacionais do primeiro trimestre, as primeiras do ano a revelar as contas públicas numa base “accrual”. O episódio ficou conhecido como o caso do desvio colossal. Em retrospectiva, é claro que as justificações dadas não colam com os números conhecidos.

Inflação abranda mas pouco

12/04/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

A taxa de inflação recuou para 3,1% em Março. José Miguel Moreira, do Montepio, evidencia a quarta queda deste indicador em cinco meses, mas avisa que a inflação deverá premanecer elevada este ano em torno dos 3%, muito devido ao impacto das subidas das taxas de IVA. Bárbara Marques, do Millennium bcp, evidencia os impactos em alta nos preços decorrentes nova colecção Primavera/Verão no vestuário e das subidas de impostos. Aponta para uma taxa de inflação média no ano de 3,5% este ano.

   

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI e NECEP (Universidade Católica), isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.  

Um orçamento extraordinário

11/04/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Fonte: Negócios 

 

O orçamento rectificativo, actualmente no Parlamento, está a ser apresentado apenas como uma forma de registar a transferência dos fundos de pensões da banca para a segurança social e de acomodar a ligeira revisão em baixa do crescimento. Contudo, quando se olha para as novas previsões de receita e despesa, e se ajustam os impactos das operações extraordinárias, é difícil reconhecer no documento as bases do que foi prometido o ano passado (ao mesmo tempo que se aprovavam as medidas de austeridades mais duras da história). É caso para dizer que mais que o um orçamento rectificativo, trata-se de um orçamento extraordinário.