Arquivo mensal: Novembro 2011

“Laranjas” a amadurecer na árvore europeia

15/11/2011
Colocado por: antoniolarguesa

 

Laranjas amadurecem antes de serem colhidas e transformadas em sumo de laranja numa fábrica em Stann Creek, Belize. Fonte: Chip Chipman/Bloomberg

 

No congresso da CDU alemã, em Leipzig, os seguranças retiraram aos congressistas as laranjas (a cor da campanha do partido) que tinham sido distribuídas à porta do conclave dos democratas-cristãos, para prevenir que fossem usadas como projécteis contra… a líder do próprio partido, Angela Merkel. Um episódio à atenção de Pedro Passos Coelho para futuros congressos do PSD, onde por certo chegará com menor popularidade interna pelo desgaste da governação. Isto se a Europa passar a interessar de verdade às bases do partido e ao eleitorado…

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Exportações evitam queda mais acentuada (e temida) do PIB

14/11/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

A recessão acelerou no terceiro trimestre. As equipas do Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) da Faculdade de Economia da Universidade Católica e dos departamentos de estudos do Montepio e BPI apontam para uma recessão de 1,6% em 2011, melhor que as previsões do Governo e da Comissão Europeia. O Millennium bcp alinha pela mesmo valor.  

 

O NECEP salienta que a recessão não é está a ser tão intensa como se temeu – e se poderia julgar pelos indicadores de confiança disponíveis até agora – devido ao bom desempenho das exportações. Esta é uma análise partilhada por Rui Bernardes Serra, do Montepio, Bárbara Marques do Millennium bcp e e por Paula Carvalho do Banco BPI. Todos concordam que o último trimestre e o arranque de 2012 serão bem mais dificeis, com o BPI a avisar que uma recessão de 3% no próximo ano “será talvez o cenário mais favorável, apontando os riscos em sentido negativo”.

  

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium BCP, BPI e NECEP (Universidade Católica), isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor. 

Austeridade e inflação andam juntas em Portugal

11/11/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

A inflação disparou este mês com aumento dos preços de energia e gás. Bárbara Marques, do Millennium bcp, explica que electricidade e gás, mas também os medicamentos, contribuem para a inflação homóloga de 4,2% Outubro e evidencia que este valor poderá implicar que a taxa média de inflação de 2011 fique acima dos 3,5%. Para 2012 o aumento de preços poderá ser mais brando, mas não muito: é que os aumentos de impostos indirectos e de outras taxas deverão ditar um aumento de preços novamente significativo.

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium BCP, BPI e NECEP (Universidade Católica), isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.  

 

Consumidor português perdido em combate


Colocado por: Rui Peres Jorge

O reequilíbrio da economia da economia, afastando-se da sua excessiva dependência da procura interna, está a levar o seu caminho com o programa de ajustamento como pano de fundo

 

Comissão Europeia, previsões de Outono de 2011

 

Uma das características centrais do processo de ajustamento económico em curso passa por uma forte contracção do consumo. Em certa medida, os consumidores são as principais “baixas” nacionais na guerra contra uma crise que pegou numa economia desequilibrada e a arremessou ao chão de forma estrondosa. As últimas previsões (e diagnóstico) da Comissão Europeia são disso um espelho – vários indicadores explicam a maior queda do consumo privado ocorrida democracia.

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Meia hora: desvalorização fiscal de pernas para o ar?

10/11/2011
Colocado por: Pedro Romano

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Poul Thomsen (direita), chefe de missão do FMI, e Jurgen Kroeger (esquerda), chefe de missão da Comissão Europeia, na última conferência de imprensa da troika em Lisboa. Fonte: Bruno Simão/Negócios 

 

Será interessante ver o que a troika, e em especial o FMI, dirá acerca da proposta do Governo de trocar a mudança da estrutura fiscal TSU/IVA por um aumento das horas trabalhadas. Desde o início do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF) que o organismo sediado em Washington tem defendido a “desvalorização fiscal”, de maneira a aumentar o crescimento.

 

Mesmo que ambas as medidas permitam aumentar o crescimento, a forma como o fazem é antagónica. O que dirá a troika acerca disto?