“Não podemos aceitar que um monopólio público seja vendido a um monopolista privado”. A frase podia vir do PCP ou do BE sobre as privatizações de empresas como os CTT ou a EPAL, mas não. Aliás, nem sequer foi proferida em português. Quem o disse ontem foi o porta-voz para os assuntos financeiros do conservador PP espanhol, Cristóbal Montoro, em referência à privatização de 30% da Loterías y Apuestas del Estado e dos aeroportos de Madrid e Barcelona, que, segundo o Financial Times, são duas das maiores privatizações na Europa. E Montoro deixou o aviso: “Que fique claro do que estamos a falar: iremos examinar tudo em que haja má utilização dos fundos públicos”.
Assim fala o PP espanhol. Já o PP português, que há uns meses se mostrava relutante quanto à privatizações de empresas monopolistas, deixou ontem claro, no Parlamento, pela voz de Assunção Cristas, ministra do Ambiente, que a EPAL é mesmo para privatizar.
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