Arquivo da categoria: Pontos críticos

Análises diárias aos temas que marcam a actualidade

Mais dores de cabeça com o défice estrutural?

24/04/2012
Colocado por: Pedro Romano

O saldo estrutural é um daqueles conceitos que sempre habitaram mais os corredores da Academia do que as mesas dos decisores de política económica. Recentemente, porém, foi elevado pela União Europeia a critério decisivo para avaliar a sustentabilidade orçamental dos Estados europeus. Segundo o Fiscal Compact (Pacto Orçamental, numa tradução livre), os países europeus têm de garantir que o saldo estrutural tem estar permanentemente próximo do equilíbrio, pondendo, no limite, registar um défice estrutural de 0,5% do PIB.

OCDE: Portugal tem um dos menores desequilíbrios orçamentais de longo prazo

16/04/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Fonte: OCDE (2012) Fiscal Consolidation: how much, how fast and by what means

 

A OCDE publicou na semana passada um artigo sobre
sustentabilidade orçamental, avisando para a necessidade de políticas de
consolidação orçamental que acautelem os desenvolvimentos de longo
prazo em termos de pressões causadas pelo envelhecimento populacional
através de despesas com Segurança Social e Saúde. Um dos resultados mais
surpreendentes é o facto de, na medida de esforço destacada pela OCDE,
Portugal ser dos países em melhor situação internacional.

Era uma vez um desvio colossal

13/04/2012
Colocado por: Pedro Romano

Já muita gente não se lembra, mas em Julho de 2011 o primeiro-ministro marcou a sua primeira ida ao Parlamento com o anúncio de uma taxa sobre o subsídio de Natal. O argumento: teria sido encontrado um desvio nas contas de 2011, depois da publicação das contas nacionais do primeiro trimestre, as primeiras do ano a revelar as contas públicas numa base “accrual”. O episódio ficou conhecido como o caso do desvio colossal. Em retrospectiva, é claro que as justificações dadas não colam com os números conhecidos.

Um orçamento extraordinário

11/04/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Fonte: Negócios 

 

O orçamento rectificativo, actualmente no Parlamento, está a ser apresentado apenas como uma forma de registar a transferência dos fundos de pensões da banca para a segurança social e de acomodar a ligeira revisão em baixa do crescimento. Contudo, quando se olha para as novas previsões de receita e despesa, e se ajustam os impactos das operações extraordinárias, é difícil reconhecer no documento as bases do que foi prometido o ano passado (ao mesmo tempo que se aprovavam as medidas de austeridades mais duras da história). É caso para dizer que mais que o um orçamento rectificativo, trata-se de um orçamento extraordinário.