Arquivo da categoria: Pontos críticos

Análises diárias aos temas que marcam a actualidade

Economistas pressionam Draghi a agir

05/02/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge

Inflação homóloga

 

 

Fonte: Eurostat

 

O
BCE anuncia pela hora de almoço de quinta-feira as suas decisões de
política monetária de Fevereiro. Em cima da mesa, como hipóteses mais
prováveis, estão há vários meses um corte nas taxas de juro principais
(incluindo uma taxa de juro de depósitos negativa que desincentive os
bancos a acumular excesso de liquidez no BCE) e outro empréstimo de
longo prazo aos bancos (que incluia condições que incentivem a cedência
de crédito à economia). É no entanto cada vez maior o número de
economistas que defende que o BCE tem de ser mais ousado, especialmente
face aos riscos de deflação que se está a instalar na periferia europeia
(a taxa de inflação da Zona Euro nos 0,7% em Janeiro é já o valor mais
baixo desde 2009). Compras de activos directamente aos bancos que possam
aliviar as taxas de juro na periferia está entre as opções mais
referidas. Recolhemos aqui quatro análises públicadas esta semana que
pressionam Draghi a fazer mais.

Euforia financeira nos emergentes explica as dores que hoje sentem

04/02/2014
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Fonte: Yuriko Nakao / Bloomberg

 

O arranque do ano fica marcado pela forte turbulência cambial que
está a percorrer as economias emergentes. Dois artigos interessantes
publicados recentemente no VOX ajudam a perceber por que estão a sofrer
muitas potências em desenvolvimento e o que podem fazer os seus governos
e bancos centrais. Uma das conclusões mais interessantes é a de que a
criação de mercados financeiros grandes e líquidos (e pouco regulados)
pode enebriar em tempos de bonança, mas arrisca transformar-se num
sucesso caro quando a turbulência começa.

Miró em alta nos mercados internacionais


Colocado por: Rui Peres Jorge

 

“Peinture
(Etoile Bleue)”, quadro que bateu record num leilão da Sotheby's em
2012, atingindo quase 33 milhões de dólares. Fonte: Via Bloomberg

 

Quem acompanha o Massa Monetária desde início poderá saber que Joan Miró está entre os pintores preferidos cá da casa.
É por isso com interesse que acompanhamos a polémica que se instalou
nos últimos dias em torno da tentativa pelo Governo de vender os 85
quadros do surrealista espanhol, a qual acabou por não se concretizar
esta semana devido a incertezas legais que amedrontaram a leiloeira responsável por levar as peças à praça.

24

A “TSU dos pensionistas” ressuscitou?

20/12/2013
Colocado por: Elisabete Miranda

O Tribunal Constitucional chumbou o corte nas pensões da Caixa Geral de Aposentações com o argumento de que ela é uma medida avulsa (não está integrada numa reforma global da Segurança Social) e selectiva (só atinge um grupo pequeno de reformados).

 

Os juízes reafirmam que a Constituição não impede reduções de pensões, e até apontam o caminho ao Governo: para que se tornem toleráveis, medidas desta natureza têm de se inserir num contexto de reforma global da Segurança Social (leia-se pública e privada); é preciso que sejam proporcionais (salvaguardem rendimentos mais baixos); e é necessário que garantam a solidariedade intergeracional. 

 

As conclusões do Acórdão fazem-nos convocar uma entrevista concedida por José Carlos Vieira de Andrade ao Negócios, ainda em Junho, no rescaldo da discussão em torno da introdução de uma espécie de “TSU” sobre os pensionistas dos dois sistemas públicos (CGA e Segurança Social), à qual o Tribunal Constitucional parece deixar um apoio implícito.

A Reforma do Estado que não aconteceu

13/12/2013
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Helder Rosalino, secretário de Estado da Administração Pública Fonte: Negócios 

 

Segundo o Tribunal de Contas, o programa de reforma do Estado (PREMAC) não falhou apenas em objectivos quantitativos – o que é evidenciado por um aumento do número de postos de trabalho e pelos riscos de subida da despesa pública, noticiados hoje pelo Negócios. O PREMAC falhou pelo facto de, na prática, não reunir as condições para poder se poder chamar uma reforma, conclui-se da análise do Tribunal de Contas ao PREMAC, que coloca em xeque o Governo, e em particular Hélder Rosalino, secretário de Estado da Administração Pública, e Carlos Moedas, o responsável pela coordenação do programa de ajustamento. Dada a importância do documento, vale a pena sintetizar as principais críticas do Tribunal de Contas.