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Leituras da manhã na redacção do negócios

A era da repressão financeira

26/03/2012
Colocado por: Pedro Romano

Inflação, crescimento, austeridade. Há muitas formas típicas de afrouxar a pressão sufocante da dívida pública. E depois há as heterodoxas, como a pressão financeira. Financial repression: then and now, de Carmen Reinhart e Jacob Kirkegaard, explica em que consiste o mecanismo e onde é que ele já está a ser sibilinamente implementado. Além disso, também estamos a ler:

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Gastar mais reduz o défice

23/03/2012
Colocado por: Pedro Romano

O Wall Street Journal dá hoje grande destaque a um estudo de Larry Summers e Brad DeLong, segundo o qual um estímulo orçamental pode diminui a dívida pública em determinadas circunstâncias. A armadilha de liquidez em que grande parte da Europa e EUA caíram é uma delas: Summers and DeLond push for more government spending. Também estamos a ler:

 

2. The logic and fairness of Greece's programme (Vox). O economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, analisa o segundo programa de austeridada da Grécia. O diagnóstico “transpira” a Portugal por todos os poros.

 

3. Fed's Bullard sees price threat from G7delaying tighter policy (Bloomberg). Um dos presidentes da Fed alerta para os riscos que a actual política monetária pode ter para a inflação.

 

4. The strange case of disappearing productive capacity (Mainly Macro). A capacidade produtiva (aka PIB potencial) está a desaparecer um pouco por todo o mundo desenvolvido. Simon Wren-Lewis descobriu que o Reino Unido não escapa à regra.

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O que acontece se a Grécia sair do euro?

20/03/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

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Evangelos Venizelos, aqui ainda ministro das Finanças da Grécia num Ecofin em Bruxelas, cargo que deixou esta semana para liderar o PASOK Fonte: Jock Fistick/Bloomberg 

 

Sucedem-se os exercícios de análise aos impactos de uma possível saída da Grécia da Zona Euro. O FMI justificou o seu apoio financeiro no segundo resgate grego com os efeitos que uma saída da Grécia da Zona Euro poderia ter, tendo concretizado os impactos no último relatório sobre o país: corte abrupto do financiamento e da actividade económica, inflação imediata, o que conduziria a uma queda do PIB superior a 10% no ano, e uma contracção da consumo privado ainda superior. Aumentos de salários para compensar os preços também mitigariam as melhorias na competitividade externa decorrentes da desvalorização. Os economistas da instituição continuam: o peso da dívida detida por estrangeiros iria disparar tornando inevitáveis defaults público e privados e os efeitos sobre os outros países fracos do euro seriam graves (Pedro Braz Teixeira chama a atenção para este último ponto e para instabilidade política na Grécia). No VOX, Miranda Xafa, consultora e ex-quadro do FMI, também desaconselha a saída da Grécia do Euro: “A Grécia continuaria a ser o país mais regulado na OCDE e o regresso ao dracma só acrescentaria ao peso da dívida”, escreve. Ainda no VOX surge uma outra proposta que pretende forçar os gregos a poupar e a comprar dívida pública do seu país. Além disso estamos também a ler:

 

2. Consolidação orçamental não garante reduções no rácio da dívida pública, dizem Gianluca Cafiso e Roberto Cellini (VOX)

 

3. Cortes salariais e austeridade vão piorar a crise do euro, por Corrado Andini e Ricardo Cabral (IZA)

 

4.  Ben Bernanke, o vilão – um perfil de Ben Bernanke por Roger Lownstein (The Atlantic)

Portugal recebe atenção

19/03/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

O roadshow que Vítor Gaspar fará pelos EUA nos próximos dias (depois de já ter visitado a Alemanha) é sem dúvida oportuno. Como é evidente, após a reestruturação grega, os olhos do mundo estarão agora postos em Portugal. Exemplos: Edward Hugh no A fistfull full of euros faz uma boa análise da situação nacional. Mohamed El-Erian, o presidente de um dos maiores fundo de investimento do mundo, afirmou no fim de semana não ter dúvidas que Portugal terá o mesmo destino da Grécia. O The Guardian dava esta manhã destaque de topo de página no minuto a minuto da secção de economia a Portugal, incluindo a intervenção de Gaspar no Peterson Institute.

 

2. Um plano de curso de economia política após a crise (Dani Rodrik)

 

3. A relação entre dívida e crescimento não é tão simples como parece (Noahpinion)

 

4. E se a grande recessão nos deixou mais pobres para sempre (The Atlantic)

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